O vereador Rosemberg Medeiros – DEM considera Montes Claros uma cidade doente, prognóstico que poderia ser constatado através do grande número de farmácias que proliferam pelo centro e pelos bairros. Segundo ele, o setor farmacêutico vem predominando no mercado e, hoje, é um dos segmentos que mais empregam no município, onde os cidadãos gastam fortunas com a aquisição de medicamentos que deveriam ser oferecidos pelo setor de saúde pública.
- Enxergar Montes Claros como uma cidade doente, onde as farmácias ditam as regras, e aqui não vai nada contra as farmácias, parece demais para uma cidade que ao longo de sua história, em grande parte dela, foi administrada por médicos, como hoje, quando temos à frente da prefeitura o médico Athos Avelino.
De acordo com Rosemberg Medeiros, o caos em que o setor de saúde se encontra, com a falta de médicos, enfermeiros e de remédios nos postos e centros de saúde, além de ameaçar a vida de muitas pessoas, está levando parte da população a se automedicar, consumindo por conta própria, ainda que sem condições financeiras para isso, uma enorme variedade de medicamentos.
AUTOMEDICAÇÃO
Hoje, proporcionalmente, segundo Rosemberg Medeiros, Montes Claros é a cidade onde mais se consome medicamentos em Minas Gerais.
- As farmácias não dão conta de vender tanto remédio, e o pior, sem o consumidor seguir qualquer prescrição médica. Isso é grave, é um atentado que se deixa praticar contra a saúde das pessoas. Uma irresponsabilidade do poder público municipal – critica o parlamentar.
O vereador também tece críticas ao fato de que o setor de saúde, com a administração de Athos Avelino – PPS, já teve, em menos de dois anos e meio, nada menos que quatro secretários de Saúde, sendo que nenhum deles conseguiu mudar o quadro caótico que se instalou no setor.
- Deve ter alguma coisa muito errada na questão da saúde pública de Montes Claros e isso precisa ser averiguado. Precisamos saber o que está acontecendo, o que gera toda essa irresponsabilidade. Falta de dinheiro não seria, porque o município, com um orçamento de quase meio bilhão de reais dota o setor de recursos compatíveis, até mesmo para uma medicina preventiva, o que a administração não faz. Isso nos leva a pensar que esses recursos do povo podem estar sendo mal utilizados – diz o parlamentar, sugerindo que a câmara municipal realize uma audiência pública para debater o assunto.
- Antes que a situação piore ainda mais. Precisamos saber o que leva Montes Claros a ser essa cidade doente, enquanto é administrada por médicos – conclui o vereador. (EB)