Samuel Nunes
Repórter
O presidente da câmara municipal, Athos Mameluque (PMDB), fez um duro discurso na manhã de ontem, 21, na reunião ordinária. Ele não mediu as palavras endereçadas ao secretário municipal de Saúde José Geraldo de Freitas Drummond, a quem chamou de perverso, maldoso e negligente, que crucifica a cada dia a saúde pública no município.
Mameluque responsabilizou o secretário de Saúde pela greve dos anestesistas, que já dura 11 meses, sendo que mais de seis mil cirurgias eletivas se encontram engavetadas na secretaria de Saúde, sem qualquer sinal de solução por parte do responsável pela pasta. O vereador diz não entender porque o prefeito Tadeu Leite o mantém no cargo.
- É preciso haver uma explicação para manter o secretário. Tem hospital que pode ir à falência por culpa do secretário de Saúde. As instituições hospitalares como o Aroldo Tourinho não recebem recurso do município votado desde o mês de abril de 2009. São vários os problemas e não se vê solução - afirma.
De acordo com Mameluque, o município não paga suas contas aos hospitais porque o secretário dificulta o processo.
- Os hospitais ainda atendem no serviço de urgência e emergência por responsabilidade social com a população. Se faltam médicos, é porque o secretário de Saúde não paga estes profissionais. A maternidade do hospital Aroldo Tourinho, que é uma referência em todo o Norte de Minas, está fechada porque o secretário José Geraldo de Freitas Drummond não paga as contas. Enquanto isto, inúmeras famílias são prejudicadas em decorrência do não funcionamento da maternidade - reclama.
O vereador criticou ainda o que chamou de milagre da eleição, fazendo referência ao anúncio de várias ações justamente no período eleitoral.
- Tudo muda repentinamente. É anunciada construção do estádio municipal, asfaltamento de ruas e melhorias na saúde. Por que não fazer antes, se tiveram o tempo necessário para isto? Reitero que a situação está caótica e o secretário de Saúde é um negligente. Um mal para os hospitais e para a população - conclui.