Da redação
A falta de políticas públicas para o incentivo a produção de matéria prima para a produção de biodiesel em Montes Claros, fará com que a Petrobrás traga o produto, especificamente a soja, de regiões como o Triângulo Mineiro. Resultado disso é, que a geração de empregos no município mais uma vez não é prioridade na atual administração.
A análise foi feita pelo vereador Athos Mameluque, PMDB, que há cerca de um ano apresentou requerimento na Câmara alertando sobre a falta de matéria prima para abastecer a usina e que era necessário preparar o pequeno produtor, incentivando a agricultura familiar para o plantio de mamona, pinhão manso. – A geração de empregos não será gerada com a inauguração da usina de biodiesel na cidade, pois sabemos que aconteceria sim, com o homem do campo através da colheita, esmagamento – ressalta Mameluque.
A inoperância do prefeito Athos Avelino faz com que a usina de
biodiesel traga matéria prima de outras regiões,
afirma Athos Mameluque (foto: WILSON MEDEIROS)
O vereador argumenta ainda que a preparação para a produção deveria ter começado desde o anúncio, pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, da escolha de Montes Claros para sediar a usina da Petrobrás.
- Pela inoperância do prefeito Athos Avelino,PPS, fez com que a própria Petrobrás iniciasse um trabalho de mobilização com os pequenos agricultores para o incentivo ao plantio da matéria prima para abastecer a usina na cidade – acrescenta Mameluque.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
Na terça-feira, 27, aconteceu em Montes Claros uma audiência pública da comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da assembléia Legislativa, onde todos os problemas citados por Athos Mameluque ficaram evidentes.
Os representantes da comissão avaliaram que a produção na região é de apenas 53 mil toneladas, mas a demanda atual é de 87 mil toneladas.
A usina de biodiesel será inaugurada dia 18 de fevereiro de 2008. Entretanto com matéria prima de outras regiões do Estado.