Às vésperas de mais uma eleição municipal, o comando das Polícias Militar, Civil, Penal, Federal e Corpo de Bombeiros, se reuniu na 11ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), em Montes Claros, para apresentar o Planejamento Final das Ações de Segurança para o Norte de Minas no dia 6 de outubro. 

O delegado Bruno Rezende aponta que os crimes mais frequentes na região são a compra de votos, boca de urna e transporte de eleitores. Todas essas ações, embora eventualmente ocorram, são graves e podem levar o eleitor a ficar à disposição da justiça se autuado. “Por isso, conclamo que as pessoas evitem essas situações. A gente pede que toda a sociedade, que todos os partidos, os candidatos, nos auxiliem a ter um exercício da cidadania tranquilo, um dia de eleição tranquilo, que a gente permita o pleno direito ao exercício do voto”, destacou o delegado. Ele ressaltou que 24 delegacias estarão abertas durante todo o período para receber as demandas. 

Segundo o major Evaldo Fernandes, do Centro de Planejamento da Polícia Militar, o incremento que a polícia tem agora é por ocasião das eleições, mas não despreza nenhum tipo de crime, com vistas a garantir a população o seu direito de ir votar, retornar e comemorar nas eleições “Inclusive a gente destaca que as comemorações também terão o policiamento que já está para tal finalidade e é bastante robusto. Se houver segundo turno, nós teremos também esse planejamento contínuo até correr toda a eleição”, afirma. Caso a população observe alguma regularidade, poderá fazer denúncia. “A gente fomenta muito essa participação, para que os cidadãos, observando crimes, reportem à Polícia Militar, seja no local ou até mesmo aqui no nosso Centro Integrado. Teremos um comando em cada um dos 77 municípios da nossa área”, explica.

Cabe a Polícia Federal apurar os crimes contra a ordem política e social e, dentre eles, os crimes eleitorais. “Na norma constitucional, a Polícia Federal exerce prioridade sobre todas as funções. E estaremos à disposição da justiça eleitoral durante o pleito, para qualquer tipo de demanda”, informou Allan Matos, delegado de Polícia Federal e chefe da instituição em Montes Claros, cuja área de atuação abrange 98 municípios. Caso o eleitor incorra em crime eleitoral ou outra situação que configure delito, ele será levado à Polícia Federal e encaminhado posteriormente ao presídio enquanto se verifica a materialidade do crime, conforme o delegado.

O Sétimo Batalhão do Corpo de Bombeiros atuará de maneira integrada às outras instituições no âmbito da proteção e segurança, com equipes em locais estratégicos. “Estaremos em pontos básicos, respondendo da melhor maneira, caso aconteça alguma coisa. Mas a gente espera que transcorra com a maior normalidade possível”, destacou o tenente-coronel Josias Soares. Para que eventuais locais não fiquem desguarnecidos, o comandante informou que foi feita uma escala de revezamento bem estruturada e planejada, “para que todos possam votar e atendam às demandas de maneira ordinária. E o que tiver de excesso, que extrapole a rotina normal, teremos condições de se atender também”. 

DIREITO AO VOTO
O Diretor Regional da Polícia Penal, Antônio Costa, informou que em algumas unidades, como o caso de Montes Claros, existem os presos provisórios e esses têm direito ao voto. “No Presídio Regional de Montes Claros são 32 presos nessas condições. A gente cuida da parte interna. Vamos garantir a segurança desse procedimento nas unidades e trabalhar em conjunto com as outras forças, caso necessite da ajuda da Polícia Penal”, sinalizou.

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