Eduardo Brasil
Repórter
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Termina logo mais, às 17h, o prazo para que os vereadores que pretendem concorrer à sucessão presidencial na câmara municipal de Montes Claros façam inscrição de suas chapas. Até a semana passada pelo menos seis parlamentares estariam propensos a disputar o cargo ocupado por Ildeu Maia - PP: Ademar Bicalho – PTB, Aurindo Ribeiro – PV, Lipa Xavier – PCdoB, Marcos Nen – PL, Athos Mameluque – PMDB e Cori Ribeiro – PPS, quadro que será definido nesta terça-feira, com os pré-candidatos, na sua maior parte, desistindo das urnas.
Marcos Nen, Lipa Xavier, Ademar Bicalho, Aurindo Ribeiro e Athos Mameluque têm hoje último dia para registrar candidaturas; Cori Ribeiro (último à direita) teria o apoio da maioria dos vereadores para ser o próximo presidente da câmara municipal de Montes Claros
(fotos: Wilson Medeiros)
A expectativa é de que duas chapas sejam registradas, existindo ainda a possibilidade de o plenário decidir por um consenso nas urnas, que afastaria qualquer confronto político entre os vereadores, com a manutenção de uma chapa única.
CONFIANÇA
Um dos mais confiantes de que irá conduzir os trabalhos da casa em 2007 e 2008, face aos resultados das conversações que teria mantido com todos os 14 colegas de plenário, para consolidação de sua candidatura, Cori Ribeiro guardava, na manhã de ontem, boas perspectivas de vitória, até porque teria o perfil adequado para o cargo, dando como exemplo de seu desprendimento político a sua própria atuação na câmara municipal. Uma virtude que recebe respaldo dos colegas.
- Integrante da bancada situacionista, ex-líder do governo e porta-voz do prefeito Athos Avelino (PPS) desde o início da atual legislatura, Cori Ribeiro transita com desenvoltura entre as forças antagônicas do plenário municipal, sempre coerente com os benefícios públicos das medidas em tramitação, e defende um legislativo independente em relação ao executivo. Isso é importante – observa um de seus eleitores.
- Assim tem sido a minha campanha, sem impor ou sofrer imposições, mas reunindo as forças que a câmara possui para que possamos somar ainda mais no desenvolvimento do município – comemora Cori Ribeiro, vislumbrando uma chapa que culmine na eleição de uma mesa diretora suprapartidária, e cuja composição deverá ser anunciada ainda na reunião desta terça-feira.
EXEMPLO
Caso vença as eleições, Cori Ribeiro pretende dar continuidade ao excelente trabalho desenvolvido por Ildeu Maia, priorizando, sobretudo, o estreitamento do legislativo com a sociedade, incentivando a criação de políticas públicas que possam atender às necessidades da população.
- Ildeu Maia tem sido excelente como presidente de um legislativo atuante neste sentido, considerado como um dos mais importantes da história política de Montes Claros. É um bom exemplo para seguirmos. Ele aproximou ainda mais a sociedade dos vereadores, inclusive.
Para Cori, Ildeu Maia tem mantido posturas equilibradas, dando exemplos de como lidar com todos os assuntos pertinentes a casa e, em especial, sabendo conduzi-la com segurança nos momentos mais tumultuosos, frisou, referindo-se em especial ao episódio que ficou conhecido como o dos pombos-correios - do qual, aliás, se viu poupado.
IMAGEM PRESERVADA
Cori Ribeiro entende que o episódio dos pombos correios trouxe manchas, sim, aos vereadores, envolvidos ou não nas suspeitas de irregularidades com recursos públicos, mas não ao ponto de exigir um resgate da imagem da câmara.
- A imagem do parlamento foi preservada, até mesmo através das posições claras de seu atual presidente, que soube agir com a capacidade necessária nos momentos mais críticos, sem permitir pré-julgamentos sobre a lisura de seus representados, mantendo a câmara em pleno funcionamento e deixando a cargo da justiça a responsabilidade pela apuração dos fatos denunciados, disponibilizando todas as informações atinentes ao caso.
A eleição da nova mesa diretora, hoje presidida por Ildeu Maia, tendo Fátima Pereira (sem partido) na vice-presidência, e Marcos Nen e Valcir Soares – PTB como secretários, está prevista para o dia 21 de dezembro, última reunião ordinária do ano, quando os eleitos serão empossados.