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Quinta-Feira,18 de Setembro

Sucessão na Amams adiada para fevereiro

Jornal O Norte
Publicado em 08/01/2009 às 10:29.Atualizado em 15/11/2021 às 06:49.

Eduardo Brasil


Repórter



A eleição da nova diretoria da Amams – Associação dos municípios da área mineira da Sudene que deveria ocorrer nesta quarta-feira 7, foi adiada por trinta dias. A decisão foi tomada pelos 44 prefeitos associados que participariam do pleito na manhã de ontem, na sede da entidade, em Montes Claros, em clima tenso e depois de acaloradas discussões que se estenderam às primeiras horas da tarde.



O impasse nas urnas da Amams teria suas origens nas candidaturas que foram colocadas para a disputa – duas delas (são três) feririam preceitos do estatuto da entidade no tocante aos limites de mandatos consecutivos e aos prazos para inscrição das chapas concorrentes. Com a medida, José Barbosa Filho, Zinga, permanecerá por mais um mês à frente da Amams.



- Foi uma medida necessária diante das divergências. Acredito que a entidade ganha com essa pausa que se estenderá até o dia 9 de fevereiro, quando estaremos convocando os prefeitos para as eleições em um clima menos tenso – disse Zinga.



OPINIÕES DIVERGENTES



Para o ex-presidente da Amams, Valmir Morais, cuja candidatura a um terceiro mandato fora um dos estopins da polêmica na sucessão da Amams (fato que levou o prefeito de Ubaí, Marco Antônio Andrade a acionar a justiça que a proibiu por contrariar artigo do estatuto) dentro de trinta dias a situação será normalizada com seu nome inserido na disputa presidencial longe da situação de ontem, quando até concorreria ao pleito, mas sob o risco de, sub-júdice, não poder assumir a entidade no caso de uma vitória.



- Há um equívoco em relação à minha candidatura e a justiça o reconhecerá. Ela não infringe o estatuto da Amams. Com o adiamento, teremos condições de deixar isso bastante claro – garante Valmir Morais.



- Adiar a eleição foi um casuísmo e só isso já fere o estatuto da entidade. Afinal, os prefeitos foram convocados nesta quarta-feira para votarem numa eleição e acabaram participando de uma assembléia onde se discutiu e se definiu pelo adiamento da eleição – retruca Marco Andrade.



Já o prefeito de São João da Ponte, Fábio Madeira, o terceiro candidato à sucessão de Zinga, pretendia a realização da eleição nesta quarta-feira. Ele chegou a receber promessa de apoio se votasse pelo adiamento da eleição, mas manteve-se irredutível. 



ANIMOSIDADE



Para o prefeito de Januária, Maurílio Arruda, que teve sua candidatura rigorosamente, segundo ele, indeferida pela presidência da Amams por contrariar prazos regimentais de inscrição (teria se atrasado em fazê-la por mais de dez minutos), não dava mesmo para realizar uma eleição em meio a tanta aversão.



- Nesse clima de animosidade adiar a eleição foi uma decisão mais que acertada. Política, além de ética, é também uma questão de equilíbrio e equilíbrio é o que faltou neste encontro que deveria ser democrático – disse ele considerando pronunciamentos que o antecederam de bastante agressivos.



Ele também cobrou que antes do dia 9 de fevereiro os prefeitos façam alterações no estatuto da entidade como eliminar a figura dos oito vice-presidentes que representam as microrregiões.



- Eles não fazem absolutamente nada – destacou, lamentando ainda que a sucessão presidencial na Amams tenha acabado na justiça.



- O último grau dessa questão. Não podemos ficar reféns da justiça numa decisão que cabe a nós tomar – disse Maurílio Arruda, que é advogado.

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