Eduardo Brasil


Repórter

Antônio Silveira – PTN defendeu da tribuna da câmara municipal de Montes Claros, nesta semana, a fixação do homem do campo através de medidas que incluam, sobretudo, a educação. Defensor de um ensino de qualidade, tanto na zona urbana quanto rural, o vereador acredita que, no caso rural, somente através da qualificação profissional é que o campesino poderá ter condições menos rudimentares de permanecer em sua terra produzindo riquezas e reduzindo, desta forma, o êxodo rural que vem aumentando de maneira preocupante nos últimos anos.

Uma medida que, segundo entende o vereador, resolveria outro problema, ainda mais grave, que reside no inchaço da cidade com o êxodo rural, já que o insucesso da maioria dessas pessoas no mercado de trabalho, que buscam oportunidades na cidade acaba por originar novas favelas, novos aglomerados em áreas de risco, novos problemas, como aumento da violência e da criminalidade, o que indiscutivelmente agrava a situação da população em geral, que se vê às voltas com problemas sociais cada vez mais graves e, fatalmente, originando novas vítimas inocentes que acabam por sucumbir ao crime.

O parlamentar, que ao longo de seus três mandatos prioriza a oportunidade de uma educação qualificada para toda a população, apresentando projetos que, inclusive, aumentaram a verba municipal destinada ao segmento, e trabalhando na extensão do ensino do segundo grau nas comunidades rurais, entende que o parlamento precisa diversificar no discurso de defesa dos interesses da população do campo, não ficando restrito às estradas.

- É claro que a questão das estradas rurais é fundamental, até mesmo para a questão do ensino, já que envolve o transporte dos alunos, mas outros temas ligados à educação precisariam vir à tona, ser lembrados pelos colegas de plenário para que a zona rural de Montes Claros sobreviva aos seus problemas, que são muitos, com mais sabedoria e recursos técnicos – disse ele.

ESTUDO ADEQUADO

Através da educação, frisa o parlamentar, é possível dotar o morador da zona rural de técnicas suficientes que possam ajudá-lo no seu desenvolvimento.

- Precisamos levar a essas pessoas um ensino de segundo grau que atendam às suas carências, com técnicas avançadas para uso da terra. É preciso ensiná-lo a ter noção para lidar até mesmo com a construção civil, ou com a inseminação artificial. Ele precisa aprender atividades que possam garantir a sua permanência e sobrevivência no campo, a sua ascensão social e econômica no seu próprio meio ambiente – acrescenta o parlamentar, sustentando que essas idéias poderiam ser desenvolvidas pela secretaria de Agricultura através de parcerias com órgãos e entidades.

Silveira também cobra uma atuação maior do município em outras questões cruciais para os moradores da zona rural, além da educação. E cita como exemplo, medidas a questão da saúde do povo, sempre necessitando de um atendimento médico mais eficaz e abrangente.

- Pelo menos nesse aspecto, o secretário de Saúde, José Geraldo de Freitas também pensa da mesma forma, e nos garantiu que a ampliação dos serviços será uma prioridade na sua gestão. Enfim, todos os setores da administração municipal deveriam dispor de mais recursos para a população da zona rural – encerrou Antônio Silveira.