Os servidores públicos administrativos do Sistema Socioeducativo Prisional de Minas Gerais continuam em greve. A paralisação dos serviços iniciou na última quarta-feira (11) e, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público (Sindpúblicos), a principal reivindicação é o cumprimento, por parte do governo do Estado, do acordo firmado com a categoria em 2015.

Essa é a segunda vez que os trabalhadores cruzam os braços em resposta ao não cumprimento do acordo. Segundo o Sindpúblicos, os servidores também reivindicam que a política de atendimento às medidas socioeducativas fiquem na Secretaria de Segurança Pública (SESP). Com a reestruturação administrativa, o governo de Minas propôs que o sistema socioeducativo seja vinculado à estrutura da Fundação Caio Martins (Fucam).

Segundo o presidente do Sindpúblicos, José Lino Esteves, o PL tem deixado os servidores preocupados.

- Está tenso com a extinção da SUASE, responsável em administrar o Sistema Socioeducativo. Os trabalhadores não podem permitir que o Sistema Socioeducativo seja administrado pela Fundação Caio Martins.

Também fazem parte da pauta de reivindicações melhores condições de trabalho, vale alimentação (uma vez que não são contemplados), que uma Lei Orgânica seja aprovada, que não haja divisão das carreiras técnico-administrativas, e que o governo nomeie os candidatos excedentes do concurso do edital SEPLAG/SEDS 07/2013 dos cargos de analistas, assistentes e médicos de defesa social.

A greve foi deflagrada nas 142 unidades do sistema prisional e nas 30 unidades do sistema socioeducativo de todo o Estado, mantendo 30% do pessoal. De acordo com o Sidpúblicos, a greve seguirá por tempo indeterminado.  

Em nota, o governo de Minas declarou que “reitera seu posicionamento de amplo diálogo junto às entidades que representam todos os servidores públicos estaduais”.