Samuel Nunes


Repórter

Servidores do hospital universitário, mais uma vez, marcaram presença na reunião ordinária da câmara municipal na manhã de ontem, 13, e manifestaram insatisfação quanto aos baixos salários e as condições de trabalho desfavoráveis.

A servidora Evane Souto afirma que a manifestação é pacífica e tem como objetivo chamar a atenção do poder público, vereadores e autoridades constituídas do município para o momento vivenciado pelos servidores. A servidora afirma que 70% dos funcionários do HU aderiram à greve e os 30% restantes atendem em virtude do que consta na lei.

RUBENS SANTANA





Manifestantes foram à câmara municipal na


manhã de ontem e hoje estarão na Praça Doutor Carlos.

Fabrício Amaral, presente na manifestação, disse que, na manhã de hoje, haverá passeata pelas principais ruas da cidade, com parada na Praça Doutor Carlos, onde acontece um ato público para mobilizar a sociedade montes-clarense.

- Agora em 2010, o salário mínimo foi para R$ 510 e o salário dos servidores do hospital universitário continua em R$ 349 para auxiliares e R$ 474 para técnicos. Os técnicos que cuidam da saúde do povo de Montes Claros e região, de enfermagem, de Raio X, de laboratório e de farmácia, estão recebendo R$ 474 para executar trabalho de alto nível - diz.

O vereador Antônio Silveira (PTN) afirma que a paralisação é justa, uma vez que estes profissionais são dedicados e competentes e merecem uma melhor remuneração.

O presidente da comissão de saúde da câmara municipal, João de Deus (PPS), disse que a câmara tem buscado dar vez e voz a todos os segmentos da sociedade, tanto que, nesta quinta-feira, às 19h30, fará audiência pública para discutir os problemas enfrentados pelos profissionais de saúde do hospital universitário e encontrar uma solução.

O vereador diz ser fundamental a presença de todos os interessados nesta audiência e sugere a elaboração de uma carta de intenções para ser entregue ao governo do estado com todas as reivindicações dos funcionários do HU.     

- Já foi dito várias vezes que 2010 será o ano da saúde. A câmara municipal, com seus 15 vereadores, está comprometida com esta questão da greve do hospital universitário e dos anestesistas, que já dura cinco meses sem nenhuma solução.