Samuel Nunes
Repórter
Funcionários do hospital universitário estiveram na manhã de ontem, 06, na câmara municipal. De posse de cartazes, faixas e até um caixão, levaram suas reivindicações à mesa diretora do legislativo municipal, a fim de que a câmara se mobilize e leve as reclamações ao governo do estado.
Segundo Ricardo Brandão, diretor do sindicato da Unimontes, os manifestantes reivindicam equiparação salarial com os funcionários da Fhemig - Fundação hospitalar do estado de Minas Gerais, que recebem 40% a mais que os servidores da Unimontes. Cobram ainda adicional de urgência e emergência e horas extras aos finais de semana e feriados.
Ricardo Brandão afirma que é extremamente importante que os servidores do hospital Universitário tenham também insalubridade, auxílio periculosidade e plano de carreira similares aos da Fundação.
O presidente da comissão de saúde da câmara municipal, vereador João de Deus (PPS), disse que vai apresentar na reunião ordinária da próxima quinta-feira, 08, requerimento em conjunto com o vereador e presidente da câmara Athos Mameluque (PMDB), solicitando audiência pública para discutir a questão da greve dos servidores do HU. O vereador afirmou que a câmara precisa debater o assunto o quanto antes, uma vez que não é justo, por exemplo, um técnico em enfermagem ganhar R$ 474 por mês.
- Entendo que a audiência pública é uma ótima oportunidade que os grevistas terão de externar as dificuldades encontradas. É inadmissível um técnico em enfermagem ganhar pouco mais de R$ 470. É fundamental que ocorra a valorização do servidor em todos os sentidos, não somente a questão salarial, mas em outros benefícios como a insalubridade - disse.
O vereador Athos Mameluque afirmou que se o requerimento der entrada na reunião desta quinta-feira, a audiência pública será marcada para a quinta-feira posterior, 15 de abril.