Sem viabilidade, Felipe Gusmão fica fora da eleição

O comerciário diz que já estava definido que ele seria indicado pelo Solidariedade na majoritária, mas, uma semana antes da convenção, a executiva estadual decidiu apoiar outro candidato

Jornal O Norte
Publicado em 13/08/2016 às 07:00.Atualizado em 15/11/2021 às 16:09.

Por Jerúsia Arruda


Depois de divulgar seu nome como pré-candidato a prefeito de Montes Claros pelo Solidariedade, surpreendeu o fato de o comerciário Filipe Gonçalves Gusmão não figurar na lista de candidatos às eleições municipais e o Solidariedade ter ratificado apoio à coligação liderada pelo Partido Popular Socialista (PPS), na convenção municipal realizada no último dia 04.

Durante o encontro regional do Solidariedade, realizado em Montes Claros em maio deste ano, com a presença do presidente estadual do partido, deputado federal Zé Silva, e do ex-deputado Doutor Grillo, o presidente municipal, Aclindo Alves Leite Junior, anunciou que estariam sendo feitas articulações para definir as coligações para prefeito e vereador.

Ainda no encontro, o deputado Zé Silva disse que o Solidariedade tem diretórios e comissões provisórias em 85% dos municípios norte-mineiros e que a proposta seria lançar, nas eleições deste ano, 100 candidatos a prefeito e 1.200 candidatos a vereador em todo o estado, mas que, no caso de Montes Claros, por ser a maior cidade da região, com mais de 200 mil eleitores, a decisão em relação às coligações seriam orientadas pelo Diretório Municipal.

Em conversa com a reportagem de O Norte, Felipe Gusmão disse ter ficado decepcionado com a decisão do partido.

- Já estava alinhado que meu nome seria indicado pelo Solidariedade, mas, uma semana antes da convenção, a executiva estadual decidiu apoiar outro candidato. Como não havia prazo legal para me candidatar por outra legenda, apresentei o meu nome na convenção como candidato a prefeito pelo Solidariedade, mas infelizmente, não obtive aprovação, e os convencionais decidiram pelo apoio ao PPS – lamenta.

Segundo Felipe, apesar de não estar concorrendo a um cargo eletivo, vai participar ativamente da campanha eleitoral, em apoio ao candidato Jairo Ataíde (DEM), do qual sempre foi aliado. Em 2012, Filipe Gusmão concorreu ao cargo de executivo municipal de Montes Claros pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), tendo Carlos Silva como vice, e obteve 1.373 votos.

O QUE DIZ O SOLIDARIEDADE
Por telefone, o presidente da executiva estadual, deputado Zé Silva, disse que o Solidariedade é um partido novo e que a decisão homologada tanto pela executiva estadual, quanto pela nacional, seria de lançar candidato a prefeito em todas as cidades acima de 200 eleitores.

- Montes Claros é o sexto maior colégio eleitoral de Minas Gerais, com 246.711 eleitores, e o Solidariedade precisava de alguém para ser seu candidato no município. A executiva municipal apresentou, então, o nome do jovem Felipe Gusmão, que se tornou uma esperança nossa e procuramos nos organizar em torno do nome dele, mas ele não se viabilizou. Ninguém é candidato de si mesmo, ou seja, o candidato precisa ter grupo. Não participei da convenção do partido em Montes Claros, e como dissemos no encontro regional, iríamos acatar as orientações da executiva local, e como não havia outro nenhum nome que tivesse se viabilizado para representar o partido, os convencionais foram unânimes na decisão de apoio ao PPS – esclarece o presidente.

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