Da Ascom/Amams
O Comitê Gestor de Convivência com a Seca de Minas Gerais discute nesta quarta-feira, em Montes Claros, as medidas de socorro aos moradores das comunidades rurais do Norte de Minas que estão sem água para consumo humano. A presidente do Comitê, Elbe Figueiredo Brandão, secretária estadual de Desenvolvimento do Norte de Minas e Vales do Jequitinhonha e Mucuri e o secretário-executivo da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais, tenente-coronel Alexandre Lucas estarão na sede da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene - Amams, para discutir as ações que precisam ser tomadas para assegurar o abastecimento de água. A longa estiagem que assola o Norte de Minas, neste ano, agravada pela maior seca dos últimos 30 anos, ocorrida no ano passado, está causando impactos, com muitas localidades sem água até mesmo para consumo humano.
A reunião de quarta-feira, às 10 horas, será com o presidente da Amams, José Barbosa Filho Zinga, prefeito de Catuti; com o superintendente regional da Copasa, Daniel Antunes; com o coronel César Augusto Oliveira Lima, comandante do 55º Batalhão do Exército; com o coordenador regional de Defesa Civil, tenente-coronel Milton Abreu; com os superintendentes estaduais da Codevasf e DNOCS, Anderson Chaves e Marco Antônio Câmara e o superintendente regional do Instituto Mineiro de Gestão das Águas - Igam, Rafael Sá, para discutir o quadro atual. A Copasa e o Exército Brasileiro têm mantido os caminhões-pipas que levam água nas comunidades rurais. A reunião de hoje é para discutir como implementar as medidas de socorro aos flagelados da seca, neste momento crítico.
A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais mostra que 88 municípios mineiros decretaram Situação de Emergência por causa da estiagem, sendo 63 do Norte de Minas, que é a área mais afetada pela seca. 48 processos de Situação de Emergência estão em análise pela Cedec-MG; 41 processos foram homologados pelo Estado e encaminhados à secretaria Nacional de Defesa Civil e quatro deles já foram reconhecidos pelo governo federal, permitindo que receba a ajuda federal. Os quatro municípios totalmente regularizados são Bocaiúva, Itaobim, Pedras de Maria da Cruz e Santa Cruz de Salinas, conforme o coronel Eduardo Mendes de Souza, coordenador estadual de Defesa Civil.
O presidente da Amams, José Barbosa Filho Zinga, salienta que a seca deste ano promete ser impiedosa, pois vem com os impactos causados no ano passado, na maior seca dos últimos 30 anos. Ele salienta que a Amams faz apelo ao Estado e União para socorrerem os flagelados da seca com a máxima urgência. “Temos recebido apoio, como cestas básicas e pipas, além de cisternas plásticas. Porém, o flagelado da seca já está sofrendo em agosto e quando piorar a seca, em outubro, existe risco de caos” – destaca o presidente, que acumula a experiência de produtor rural.