Samuel Nunes


Repórter

Na segunda reunião ordinária de 2010 na câmara municipal, o tema saúde pública foi objeto de discurso de vários vereadores. O pastor Altemar (PSC) classificou o momento como caótico, uma vez que, além da falta de médicos, há dificuldade também para marcação de exames.

Ele afirma que, diante do quadro extremamente preocupante, entrou com requerimento solicitando audiência pública marcada para acontecer no dia 25 de fevereiro.

- Estou convocando todos os deputados federais e estaduais, o prefeito Tadeu Leite e o secretário de Saúde José Geraldo de Freitas Drumond. Trata-se de uma calamidade pública a questão da saúde no nosso município. Portanto, é este o momento de discutirmos a melhor maneira pelo menos de amenizar o problema e de nossos deputados disponibilizarem verbas parlamentares para a melhoria da saúde - afirma.

De acordo com Altemar, serão convidados, ainda, representantes do conselho regional de medicina e do conselho municipal de saúde.

Valcir Soares (PTB) afirma que, de acordo com dados da secretaria municipal de Saúde, já foram detectados 80 casos de dengue no município e cerca de 495 notificações.

O presidente da câmara municipal, Athos Mameluque (PMDB), reafirmou o que já tinha dito a O NORTE na semana passada, quando disse que 2010 será o ano de discutir na câmara com mais propriedade os problemas relacionados à saúde.

- 2009 foi um ano em que a segurança pública esteve na ordem do dia, em 2010 o tema será saúde. Prova disso é que vamos a Belo Horizonte nesta quarta-feira para um encontro com o secretário de estado da Saúde Marcos Pestana, em busca de recursos para serem empregados na saúde do município. Tenho certeza de que os vereadores não medirão esforços para buscar recursos para a saúde, proporcionando, portanto, tranquilidade para a população – disse.

O presidente da comissão de saúde na câmara municipal, vereador João de Deus (PPS), afirma que, diante do quadro caótico que se instalou na saúde, os hospitais Aroldo Tourinho e Santa Casa não estão suportando a demanda de atendimento e, em virtude disso, é grande o número de pessoas nos corredores destas instituições hospitalares. Afirma, ainda, que muitos casos poderiam ser resolvidos nos postos de saúde, mas, diante da falta de atendimento à altura do que a população merece, há um congestionamento de atendimento nos hospitais.

- Tem que ser resolvido o problema da saúde. Desde o ano passado, problemas como a falta de médicos especialistas vêm persistindo, algo tem que ser feito e este algo é a aplicação de mais recursos. A população aguarda com anseio um melhor atendimento em postos de saúde garantindo o que está reservado na constituição – finaliza.