O novo ministro da Saúde, deputado Saraiva Felipe - PMDB disse que não vai deixar seu partido, mesmo diante das ameaças de desfiliação por ter aceitado o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- Ninguém pode se furtar ao compromisso de ajudar, não apenas o governo, mas a nação a superar o momento difícil, de impasse, garantindo a governabilidade - diz.
Para ele, no entanto, governabilidade não pode ser uma palavra vazia de significado. Ela se traduziria no resultado do painel das votações, mas que é um discurso vazio.
- De boas intenções, mas sem efeito prático dentro da linha de ajudar o governo - afirmou Saraiva.
O novo ministro, que tomou posse ontem, disse que está disposto a dialogar com seu partido.
- Tenho certeza de que com o tempo o partido caminhará para a compreensão dessa nossa posição - resumiu.
O presidente do PMDB, deputado Michel Temer, e um grupo de governadores peemedebistas reafirmaram, nesta semana, a decisão de determinar o afastamento de todos os membros do partido que ocupassem cargos no governo federal.
Saraiva Felipe vai se afastar da secretaria-geral do partido porque o estatuto da agremiação determina isso para ocupantes de cargos no executivo. Ele será substituído pelo primeiro-secretário Renato Vianna.
- Terei que deixar a secretaria-geral não por qualquer tipo de retaliação, mas por força do estatuto do partido. Entrei no partido em 1979 e nunca fui de outra legenda.
José Saraiva Felipe está no seu terceiro mandato como deputado federal. Médico formado pela UFMG - Universidade federal de Minas Gerais é mestre em saúde pública. Por muitos anos residiu em Montes Claros, na década de 1980, quando foi diretor do Centro de regional de Saúde durante a gestão do prefeito Luiz Tadeu Leite, ocupando em seguida a pasta estadual e elegendo-se, posteriormente, para o congresso nacional.
(EB com informações CN)