Durante reunião ordinária da Assembléia Legislativa de Minas Gerais o deputado Ruy Muniz, candidato a prefeito de Montes Claros pela coligação “O Futuro Agora”, denunciou uma campanha difamatória que vem sendo feita contra ele e a Associação Educativa do Brasil – Soebras, entidade filantrópica da qual ele é um dos associados, pelos tablóides Super e Tempo, jornais que pertencem ao ex-deputado Vitório Mediolli, cacique do PV, partido que apóia um de seus adversários na cidade.
Uma a uma, todas as falsas denúncias apresentadas pelos tablóides foram desmentidas pelo deputado, que mostrou documentos que comprovam a “armação” da qual foi vítima. Ele apresentou ao plenário o Relatório de Atividades 2007 da Soebras, entregue à Controladoria Geraldo da União, que comprova, entre outras coisas, que a entidade investiu 24 milhões de reais em filantropia no ano passado, o que representa 21% de sua receita. A Soebras, que administra 33 escolas e faculdades em Minas Gerais e Distrito Federal, possui mais de 6 mil alunos bolsistas, e desenvolve dezenas de projetos sociais de grande alcance. Só no ano passado os atendimentos na área de saúde da instituição beneficiaram mais de 50 mil pacientes.
Outros documentos apresentados durante o pronunciamento são certidões e ofícios de órgãos federais comprovando, por exemplo, que a Soebras está em dia com o pagamento do Fundo de Garantia de seus funcionários, e que não passa por uma “devassa” como insinuam as publicações.
Ruy Muniz disse que, ao contrário do que dizem os tablóides, não está sendo investigado por nenhum órgão público e muito menos por inquéritos na Polícia Federal. “É só mandar um jornalista checar na Polícia Federal e verão que falo a verdade”, desafiou o deputado. Disse ainda que não se preocupa com as falsas denúncias dos jornais que agem a mando de seus adversários, até porque elas são vazias e mentirosas. Os dois tablóides estão sendo processados por calúnia e difamação.
“O que me deixa triste mesmo é o fato de haverem fortes indícios, e até provas, do envolvimento de colegas deputados aqui da assembléia na trama armada contra mim, o que considero lamentável!”, concluiu o deputado.
Segue, na íntegra, o discurso de Ruy Muniz:
- Todos nós, aqui presentes, conhecemos bem de perto as conseqüências que a opção pela política acarreta em nossas vidas. À partir do momento em que nos tornamos mulheres e homens públicos, somos forçados a abrir mão de várias questões pessoais e profissionais para nos dedicarmos, quase que exclusivamente, ao trabalho comunitário, a cuidar do coletivo. Afinal, é para isso que fomos eleitos.
Passamos então, por opção, a ter menos tempo para nos dedicar a nossas profissões e a nossos negócios. A ver menos nossos filhos, nossas esposas e maridos e a cada vez menos poder cuidar de nós mesmos. Temos que estar disponíveis 24 horas por dia, domingos e feriados, sempre que um eleitor bate á nossa porta, ou liga no nosso telefone. Não é uma vida fácil como muitos pensam, mas foi a vida que escolhemos, e que nos possibilita, apesar dos percalços, a oportunidade rara de servir a nossos irmãos e a trabalhar pelo desenvolvimento de nossas cidades, nossas regiões e nosso estado.
Todos nós, que ocupamos uma destas cadeiras no parlamento de Minas Gerais, chegamos até aqui porque temos serviços prestados ao nosso povo, e porque tivemos este trabalho reconhecido e aprovado pelo julgamento mais legítimo que existe: o resultado das urnas.
Mas a opção pela vida pública na maioria das vezes nos cobra um preço muito caro. Quase todos os aqui presentes sabem muito bem disso! Adversários rancorosos e temerosos pela perda de espaço que o surgimento de uma nova liderança pode representar costumam usar métodos e artimanhas absurdas para tentar denegrir a imagem, manchar a trajetória e com isso, num ato de desespero, tentar conter o crescimento político de quem os ameaça.
Comigo não tem sido diferente. Desde que fui eleito, em 2004, o vereador com a maior votação na história de Montes Claros, tenho experimentado a ira e o veneno de adversários rancorosos. No início fui acusado de crime eleitoral. Com a tentativa frustrada depois que o TER me deu ganho de causa por 6 votos a zero meus perseguidores mudaram de tática. Agora, que sou candidato á prefeito de Montes Claros e com um bom desempenho nas pesquisas já divulgadas, o desespero deles aumentou.
Sem conseguir me atingir, porque não havia munição para isso, passaram a plantar denúncias infundadas contra a Associação Educativa do Brasil, a SOEBRAS, associação filantrópica sem fins lucrativos, que atua principalmente na área da educação, da qual sou um dos idealizadores e participei ativamente de sua gestão e de seu processo de crescimento. Mesmo estando hoje afastado da direção da entidade desde que assumi minha cadeira aqui na Assembléia, e participando apenas como um associado, escolheram a SOEBRAS como alvo.
Entidade que gera quase 4 mil empregos diretos e que assumiu a gestão de 33 escolas e faculdades em Minas Gerais e no Distrito Federal, entre elas o sistema de ensino Promove e as Faculdades Kennedi, aqui em Belo Horizonte, e a Unicesp e Unibrasília, na Capital Federal, a SOEBRAS é reconhecida nacional e internacionalmente por sua excelência e capacidade na administração de instituições de ensino.
Como entidade filantrópica, possui 6 mil bolsistas entre seus 30 mil alunos, e investiu, só em 2007, 24 milhões de reais em filantropia, como mostra o seu Balanço Social, que estaremos disponibilizando a todos os senhores deputados e à imprensa presente.
Mas a prestação de serviços não se resume à concessão de bolsas. Na saúde, só no ano passado foram atendidas nas unidades da Soebras mais de 50 mil pessoas em áreas como odontologia, fisioterapia, medicina e fonoaudiologia. Os projetos de assistência social beneficiaram 5 mil e 100 pessoas em 2007, muitas delas de forma permanente em projetos que são realizados há vários anos, como o Caminhada Saudável e o Educação Popular, que leva cursos pré-vestibulares e pré-concursos para moradores de bairros da periferia de Montes Claros. Todas estas ações, de enorme alcance social, são do conhecimento do Governo Federal, que recebe relatórios constantes sobre estas atividades.
Como associado atuante, não posso negar que o trabalho exemplar desenvolvido pela SOEBRAS me enche de orgulho. Entidade tão séria que, por sua credibilidade e resultados foi escolhida pelo Ministério Público de Minas Gerais para ser a nova gestora da mundialmente conhecida FUNDAÇÃO HILTON ROCHA, centro de excelência da oftalmologia, que passava por dificuldades financeiras e administrativas e hoje, sob gestão da Soebras, funciona de forma eficiente, atendendo a milhares de mineiros.
E é esta importante instituição, de grandes serviços prestados, que é motivo de orgulho para todos os mineiros e em particular para o povo de Montes Claros, cidade onde ela surgiu, que nos últimos dias vem sendo alvo sistemático de mentiras e denúncias vazias por parte de dois tablóides de menor credibilidade, o Tempo e o Super, que pertencem ao ex-deputado Vitório Mediolli, político em declínio, do qual todos vocês aqui presentes certamente já ouviram falar muito, e em questões obscuras, as quais preferimos não relembrar. Mas é importante registrar que o dono destes tablóides é presidente regional do Partido Verde, que integra a coligação de um de meus adversários na campanha para a Prefeitura de Montes Claros.
Nos últimos 3 dias, os dois tablóides, que inclusive estão sendo distribuídos de graça em Montes Claros, exibem reportagens fantasiosas, com insinuações e denúncias falsas e absurdas.
Quero desta tribuna, não em meu nome, já que não estou sendo investigado, não respondo a nenhuma denúncia e muito menos sou alvo de qualquer inquérito na Polícia Federal, como tentam insinuar as reportagens encomendadas publicadas nos dois jornais, mas em nome da Soebras, na condição de associado, rebater com fortes argumentos e muitos documentos, todas as mentiras inventadas pelos tablóides.
Peço uma atenção especial aos jornalistas aqui presentes, em particular os representantes de órgãos sérios da nossa imprensa escrita, como o Estado de Minas e o Hoje em Dia, para as aberrações cometidas pelos pseudo-jornalistas dos tablóides Tempo e Super.
Ao afirmar que “Ruy Muniz é investigado por rombo de 100 milhões” a reportagem não diz a verdade.
Não existe nenhum tipo de “devassa” sendo realizado na SOEBRAS, que pelo simples fato de ser filantrópica e assinar convênios com o Governo Federal, é alvo permanente de fiscalizações por parte de órgãos como o Ministério do Trabalho, INSS e Controladoria Geral da União. Fiscalizações estas que a Associação considera importantes para garantir uma gestão séria e eficaz, e que são freqüentemente realizadas não só na Soebras, mas também em todas as outras instituições filantrópicas do País. Um ofício da Controladoria Geral da União, que coloco á disposição dos senhores, informa a realização da fiscalização e explica que ela foi feita em todas as instituições com o mesmo caráter da Soebras.
É importante ainda ressaltar que quem vem sendo fiscalizada é a instituição, que possui o título de filantropia e assina convênios com o Governo federal, e não o médico, educador e deputado Ruy Muniz, como tenta fazer parecer a reportagem.
Outras inverdades contidas dão conta da abordagem tendenciosa da publicação, que em momento algum, como reza o bom jornalismo, cita ou ouve qualquer fonte oficial que seria responsável pela “denúncia”. Utilizando sempre expressões como “pode ter”, “teria feito”, “segundo investigações”, “teria sido montado”, o autor da reportagem falta com a verdade ao afirmar que a diretoria da Soebras não foi eleita em assembléia ou que uma auditoria do INSS levou à perda do título de filantropia municipal, quando se sabe que na verdade a cassação teve motivos meramente políticos, tendo sido orquestrada por pessoas ligadas a atual administração, da qual sou adversário político. Tanto que os títulos de filantropia estadual e federal foram mantidos intactos, e o municipal está sendo discutido na Justiça.
O jornal chega ao ponto de estampar a manchete “Sonegação de Impostos” ao mesmo tempo em que explica no texto da matéria que “por ser uma entidade filantrópica a Soebras está isenta do pagamento de impostos federais, estaduais e municipais”, e ainda atribui a Ruy Muniz um “império” composto de empresas ou que pertencem à Soebras ou que nem mesmo fazem parte da instituição, como a Papelaria Xodó, a Psicotrans e a Rádio Expressão, e ainda o Hospital Hilton Rocha.
Na verdade a Fundação Hilton Rocha é gerida pela instituição em cumprimento a um Termo de Ajustamento de Conduta proposto pelo Ministério Público da Capital.
Vale ainda lembrar que a única “autoridade” citada pela reportagem, o auditor Antônio Roberto de Souza, possui pendências judiciais com a Soebras, sendo ao mesmo tempo autor e réu em ações em curso, se tratando portando de “fonte” diretamente interessada e completamente suspeita.
Outro fato que causa estranheza é que, no mesmo dia da primeira publicação, a editora responsável pelos jornais disponibilizou nada menos que 20 mil exemplares que estavam sendo distribuídos gratuitamente de casa em casa em Montes Claros. Fato no mínimo estranho e, com certeza, planejado com o objetivo de prejudicar o candidato a prefeito Ruy Muniz.
Com farta documentação e argumentos irrefutáveis a Soebras, através de seus advogados, já recorreu à Justiça pedindo não só o Direito de Resposta, mas também uma punição exemplar e uma reparação ás perdas e danos causados á instituição pela irresponsabilidade e má fé dos tablóides Tempo e Super, cuja a má reputação nem é necessário citar. Vale apenas lembrar que se tratam de publicações pertencentes a uma empresa de comunicação criada para fazer a defesa de um empresário e político acusado de inúmeras irregularidades. E cujas acusações estamparam páginas não de tablóides menores da imprensa marrom, mas do nacionalmente respeitado e até cultuado jornal Estado de Minas, este sim, merecedor de respeito e credibilidade.
Antes de encerrar minhas palavras gostaria de lembrar, principalmente a meus adversários, que eles têm mesmo razões para o desespero. Nenhuma trama armada por eles ou por quem quer que seja vai me desviar do meu destino, que é o de governar Montes Claros e ser o melhor prefeito da história da cidade. Velhas práticas políticas de rancor e perseguição já não
Combinam com uma cidade que é hoje um dos principais pólos universitários do Brasil, e que vai se desenvolver muita mais na minha gestão.
Vou enterrar, com a minha vitória, não só a política, mas também os políticos velhos e ultrapassados, e junto, os inoperantes e incompetentes. Ao encerrar, não posso deixar de citar um episódio que muito me entristeceu nos últimos dias, mais até do que as injúrias e calúnias dos tablóides que, por si só, por inconsistência, não vão passar de barulho. O que me deixa profundamente triste são as fortes evidências e até provas que confirmam a participação direta de colegas desta casa na trama armada contra mim, o que considero lamentável.