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Terça-Feira,26 de Novembro

Rosemberg Medeiros não quer rabo preso com ninguém: suplente de vereador afirma que retornará à câmara municipal pela última vez - e para fazer um trabalho sem politicagem

Jornal O Norte
27/11/2006 às 10:39.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:45

Eduardo Brasil


Repórter


www.onorte.net/eduardobrasil

Total independência em relação às forças políticas dispostas na câmara municipal. Com essa postura o suplente de vereador Rosemberg Medeiros – PTB, garante que retornará ao legislativo de Montes Claros em janeiro de 2007, quando ocupará a cadeira de Ruy Muniz – PFL, que assumirá seu mandato de deputado estadual, no mesmo mês, na assembléia de Minas Gerais.




Rosemberg Medeiros:


- Vou manter minha autonomia e não quero fazer


parte de nenhuma bancada (foto: Wilson Medeiros)

- Não quero fazer parte de nenhuma bancada, seja da situação ou da oposição. Não tenho e não quero ter rabo preso com ninguém – diz, afirmando que seu princípio de liberdade estaria sendo respeitado pelos futuros pares, já que nenhum deles lhe teria procurado para tratar de qualquer assunto pertinente.

De acordo com Rosemberg Medeiros, ele volta à câmara, onde já esteve por cinco anos, bastante amadurecido e para ser um bom vereador, sem precisar ficar fazendo política.

- Exemplo será a composição de meu gabinete, com técnicos e não assessores políticos. Penso que esse pode ser o meu segundo e último mandato, e quero desempenhar bem o meu papel diante da sociedade – acrescenta, anunciando que não será candidato à reeleição.

- A reeleição é o mal do país. Por conta dela, os detentores de mandatos atuam nos quatro anos que o povo lhes delegou para representá-lo, abusando da politicagem para garantir os votos nas próximas urnas, e deixando em segundo plano exatamente as questões sociais. A verdadeira política não é essa, e é com a verdadeira política que fecharei meu ciclo na vida pública.

PODERES DISTINTOS

Rosemberg Medeiros diz estar contente de retornar à câmara municipal, ainda que no ano passado ele tenha passado por dois momentos difíceis na vida política – que ele denominou como de incertezas e angústias.

- Primeiro, em relação à minha posse, sob condições judiciais que ameaçaram até mesmo a boa amizade que existe entre mim e Ruy Muniz, a quem substitui por um ano no legislativo. Segundo, em relação ao episódio da prisão dos vereadores. Mas, procuro, em ambos, tirar lições importantes de vida. Uma delas, que não devemos nos deixar envolver por terceiros.

Sobre o desprendimento com o qual pretende marcar sua atuação no plenário, mas somando nos projetos que beneficiem a população, segundo o suplente de vereador, comungaria com os esforços da própria câmara municipal de consolidar a sua independência em relação ao executivo.

- É verdade que o executivo tem promovido ingerências no trabalho do legislativo. Sempre fui e continuarei sendo um crítico desse procedimento. O vereador Ildeu Maia faz o que está ao seu alcance para minar essa intromissão e tem sido feliz em muitos momentos. A nova mesa, com forças equilibradas, certamente agirá da mesma forma – observa.

SAÚDE PÚBLICA

Rosemberg Medeiros, médico cardiologista retorna à câmara municipal como o defensor da saúde pública e com o firme propósito de conseguir da administração municipal a instalação do Pronto-socorro odontológico, medida que ele, ao longo dos cinco anos, como vereador, e como médico, tentou inutilmente viabilizar.

- A minha expectativa de sucesso, desta vez, aumenta com a presença de Júnior Souto na secretaria de Saúde. É uma medida que precisa de apoio e o novo secretário sabe da sua importância.

Outra medida que ele buscará será a descentralização do Samu – Serviço médico de urgência, com unidades em todos os quatro pontos da cidade.

- Hoje o Samu está concentrado no bairro Santo Antônio. Devemos estendê-lo para as regiões do Grande Santos Reis, Maracanã, Delfino e Planalto. Espero que o prefeito Athos Avelino também apóie a nossa iniciativa.

DECEPÇÃO

Em relação à administração de Athos Avelino, Rosemberg Medeiros estaria de acordo com o que pensaria pelo menos 60% da população de Montes Claros.

- A maioria do povo se decepcionou com Athos Avelino e desaprova o seu governo. Ele, de fato, precisa trabalhar mais e atender às necessidades do povo. Quero ajudá-lo nesse propósito, sem ser integrante de sua bancada, e criticá-lo quando for necessário, sem que seja integrante da bancada de oposição. Quero trabalhar pelo povo – encerra Rosemberg Medeiros.

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