Vereador diz que população pode
estar sendo vítima do golpe
do gato e da lebre
Eduardo Brasil
Repórter
www.onorte.net/halley
O vereador Rosemberg Medeiros – DEM entende que a questão de saúde em Montes Claros está se tornando um caso de polícia.
Medicamentos: Rosemberg Medeiros quer a polícia no caso (foto: arquivo)
Ele pediu investigações da vigilância sanitária, da polícia civil e da polícia federal em relação às suspeitas de que medicamentos cedidos à população, pela prefeitura municipal, ou vendidos por farmácias da cidade não têm apresentado a eficácia exigida.
- Costumo dizer que Montes Claros é uma cidade doente, porque a população é uma consumidora em potencial de remédios. No entanto, por mais remédio que ela tome, de todos os tipos, seus males não desaparecem – salienta.
MODELOS
O vereador exibiu da tribuna da câmara municipal alguns exemplares de medicamentos que, segundo ele, demonstrariam que as suspeitas teriam procedência, e que precisam ser investigadas. Para ele, o consumidor está sendo lesado, na sua saúde e financeiramente.
- Podemos estar comprando gato por lebre – ressaltou, suspeitando da eficácia, sobretudo, dos remédios similares, manipulados e genéricos que, entre outros absurdos, são comprados até 2000% mais baratos que os medicamentos de marcas.
- Vejam, eles esfarelam em nossas mãos – completou, amassando com os dedos algumas cápsulas que se desmancharam rapidamente.
- Além disso, tem a questão das embalagens, de qualidade altamente inferior, que não protegem os medicamentos, e que muitas vezes não apresentam as origens do produto.
AMOSTRA SELETIVA
Rosemberg Medeiros sugere que a administração municipal recorra a uma sugestão antiga, que fez ao prefeito Athos Avelino – PPS, para uma mostra seletiva dos medicamentos distribuídos e vendidos na cidade, no sentido de que sejam analisados em laboratório.
- Ele simplesmente ignorou a sugestão e hoje temos o problema dimensionado e com suspeitas gravíssimas de um atentado à saúde pública.
Rosemberg Medeiros acha perigosa a forma com que o governo municipal tem adquirido medicamentos para os postos de saúde, ainda que o faça defendendo a economia nos cofres públicos.
- É correto o sistema do pregão eletrônico? Até onde a prefeitura pode nos dar a garantia e a confiança de que está comprando remédios 90% mais baratos, e que nem por isso eles deixam de ter a eficácia necessária? É por isso que o povo tem recorrido às farmácias, sempre procurando pelos remédios mais baratos.
CASO DE POLICIA
Quando as pessoas conseguem um medicamento, nos postos de saúde, o que tem sido difícil, segundo Rosemberg Medeiros, e não conseguem se livrar do mal, gastam dinheiro com remédios que muitas vezes também não servem para nada.
- Repito que Montes Claros é uma cidade doente. Basta conferirmos o movimento nas farmácias e postos de saúde que, diariamente, vivem tomadas de pessoas necessitadas de atendimento médico. Essa situação é calamitosa e não pode continuar. A questão de saúde em Montes Claros, é inegável, tornou-se um caso de polícia – conclui Rosemberg Medeiros.