Promessa do governo mineiro não sai do papel
Depois do ex-governador Alberto Pinto Coelho (PP) ter afirmado que ele seria licitado, agora é a vez de Fernando Pimentel (PT) também dizer que construirá esse espaço tão importante para a saúde não só da cidade, mas de todo o norte de Minas Gerais
Por Marcelo Valmor
Fotos: Divulgação![]() O prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz fez a doação do terreno em 2014 e a obra está orçada em R$135 milhões de reais |
O Hospital Regional de Montes Claros, obra prometida em vários governos, ainda não saiu do papel. Depois do ex-governador Alberto Pinto Coelho (PP) ter afirmado que ele seria licitado, agora é a vez de Fernando Pimentel (PT) também dizer que construirá esse espaço tão importante para a saúde não só da cidade, mas de todo o norte de Minas Gerais.
O Hospital Regional é parte da política do governo mineiro para amenizar os precários índices de desassistência na saúde do estado, sobretudo para as camadas mais humildes, vítimas da crise provocada, principalmente, pela má gestão dos recursos públicos.
O prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB) já fez a doação do terreno em 2014, e a obra está orçada em R$135 milhões, dinheiro do governo mineiro e do Ministério da Saúde. Em solenidade na Santa Casa de Montes Claros, foi assinado o termo de concessão do terreno e que contou com a presença do provedor Heli Penido, entre outras autoridades.
A estrutura projetada, inicialmente, para 234 leitos, oferece inovações em novidades em diversas áreas, tais como investimentos em responsabilidade ambiental e sustentabilidade, com a máxima utilização de ventilação e iluminação natural, gestão da clínica informatizada, com a eliminação do uso de papel e atenção integral à saúde, por meio de atendimento humanizado, contrariando a lógica de atendimento na saúde brasileira, que sofre com os limites no atendimento público hospitalar, além da disponibilização de espaço para acolhimento e apoio de familiares de pacientes em estado grave.
O Hospital do Trauma vem somar à realidade hospitalar da cidade, mas precisa, efetivamente, sair do papel, sob pena de o governador Fernando Pimentel concluir o mandato e a cidade e região não receberem a obra, agravando ainda mais nossos índices de desassistência na área.
O Norte de Minas Gerais é a última região do Estado que ainda não conta com um Hospital Regional, equipado com tecnologia de ponta para atender as demandas em todas as áreas. O projeto original indica que seria construído na região Norte da cidade.
Outros projetos estão, também, engavetados pelo governador Fernando Pimentel, entre eles o da criação do Centro de Convivência com a Seca, idealizado ainda no governo de Antônio Anastasia (2010-2014), que terá como finalidade criar uma proposta de cultura sobre a seca, trazendo luz para o debate e ajudando o homem norte-mineiro a lidar com as intempéries, sobretudo acessando informações meteorológicas mais rápidas e mais eficientes, linha de financiamento para o plantio de capim resistente ao clima quente, manejo mais adequado da água em toda a região, entre outros pontos importantes.
Hospital das Clínicas Mário Ribeiro da Silveira
Enquanto isso, o Hospital das Clínicas Mário Ribeiro da Silveira, no bairro Amazonas, região norte da cidade, ainda não foi credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele comporta 340 leitos, é o maior da região, além de oferecer 110 vagas de CTI, sendo 20 delas de Unidade de Semitratamento Intensivo.
O H.C. é um hospital escola, portanto, não tem pronto socorro, e será plenamente gratuito, somando à debilitada rede hospitalar da cidade e podendo trazer, em tempo recorde, solução para a falta de leitos na saúde local. Além de funcionar como hospital escola, está habilitado para receber os pacientes que os outros hospitais não querem ou não podem atender, e munido de aparelhagem de primeiro mundo.