Projeto de Athos cria tensão e dúvidas na câmara municipal

Jornal O Norte
Publicado em 08/02/2007 às 09:57.Atualizado em 15/11/2021 às 07:57.

Projeto de lei do executivo que trata da reforma administrativa dá entrada na câmara municipal, provoca descontentamento de vereadores até da base aliada e cria a expectativa de que o parlamento viverá os seus primeiros momentos tensos do ano



Eduardo Brasil


Repórter


www.onorte.net/eduardobrasil



Com a tramitação do projeto de lei do executivo propondo novas medidas para concluir a reforma administrativa no serviço público de Montes Claros, a câmara municipal deve inaugurar nas próximas reuniões os seus confrontos no plenário, em 2007, depois de desfrutar de um momento mais sossegado que anualmente caracteriza a abertura dos trabalhos parlamentares.



A expectativa do confronto entre os vereadores se deve à complexidade das medidas sinalizadas pelo projeto que alteram substancialmente a estrutura do serviço público municipal, com destaque para a extinção de cinco secretarias e suas fusões em uma única pasta, criando no governo de Athos Avelino – PPS a figura do super-secretário, que seria incorporada, segundo fontes da prefeitura municipal, pelo atual secretário de Serviços Urbanos, Mércio Avelino, que vem a ser primo do chefe do executivo.






Plenário da câmara municipal: vereadores podem experimentar, nas próximas reuniões, os primeiros momentos de tensão no ano legislativo de 2007



A expectativa de discussões mais prolongadas também é creditada ao posicionamento de aliados da administração, no legislativo, que já anteciparam posições divergentes com algumas propostas do projeto, sinalizando pela apresentação de inúmeras emendas que possam corrigir o que consideram erros.



VOTO CONSCIENTE



Apesar do clima tenso que já cerca a tramitação da matéria, o presidente da câmara municipal de Montes Claros, Cori Ribeiro – PPS, já atua no sentido de evitar embates desnecessários, que possam protelar a manutenção de medidas inadiáveis para enxugar a máquina administrativa e torná-la mais eficiente.



- A proposta é tornar o serviço público mais célere, para que alcancemos metas traçadas. O vereador, portanto, terá que votar com a sua consciência, afastado de paixões políticas.



De acordo com Cori Ribeiro, apesar da complexidade do projeto, seria precipitado de sua parte apontar expectativas sobre o sentimento dos vereadores para tratar a questão.






Mesmo diante da complexidade das propostas reformistas, Cori Ribeiro, presidente do legislativo, espera uma tramitação tranqüila do projeto do executivo (fotos: Wilson Medeiros)



- Eu não saberia adiantar se a matéria será cercada de polêmica, ou se prevalecerá o consenso da maioria na hora de sua tramitação. Não posso afirmar nem uma coisa nem outra, até porque estou iniciando a minha análise sobre o projeto, que acaba de dar entrada na mesa diretora – observa o dirigente parlamentar, que estreou no cargo pregando o bom senso dos vereadores no instante de votar os projetos de lei importantes como o da reforma administrativa, deixando de lado antagonismos puramente politiqueiros.



- Há meses comissões foram constituídas exclusivamente para que estudassem todas as condições de se elaborar um projeto ideal para Montes Claros. Foram reunidas pessoas responsáveis para a tarefa e acredito que as propostas resumidas no documento são boas – finaliza Cori Ribeiro, que prepara a tramitação do documento, naturalmente priorizando-o na fila que já envolve outros sessenta projetos protocolados junto ao legislativo municipal.

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