Programa de saúde do homem agora é lei

Jornal O Norte
Publicado em 18/12/2009 às 08:04.Atualizado em 15/11/2021 às 07:20.

Neumar Rodrigues


Repórter



Ação inédita do deputado Ruy Muniz (DEM) vai contribuir para o aumento da expectativa de vida do homem e para a redução dos índices de doenças e mortes. É que foi aprovado nesta quarta-feira, no plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, o Projeto de Lei que institui a Política Estadual da Saúde do Homem.



O Projeto, aprovado no primeiro turno, representa um grande avanço no que se refere à saúde do homem e tem por objetivo facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde. A iniciativa, um dos compromissos de Ruy Muniz, é uma resposta à observação de que os agravos do sexo masculino são um problema de saúde pública. A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevadas.



Muito se fala da saúde da mulher, do idoso e da criança. Mas nunca em uma política de saúde voltada para a saúde do homem. Com a aprovação do Projeto, o Governo de Minas vai criar uma política específica de atenção à saúde do homem e promover ações como comunicação, promoção à saúde, expansão dos serviços, qualificação de profissionais e investimento na estrutura da rede pública.



Segundo do deputado Ruy Muniz, que também é médico e sempre se preocupou com a saúde da população, “essa política de saúde específica para o homem, parte da constatação de que os homens, por uma série de questões culturais e educacionais, só procuram o serviço de saúde quando perderam sua capacidade de trabalho. Com isso, perde-se um tempo precioso de diagnóstico precoce ou de prevenção, já que chegam ao serviço de saúde em situações limite”.



Segundo do deputado, em geral, os homens têm medo de descobrir que estão doentes e acham que nunca vão adoecer, por isso não se cuidam. Não procuram os serviços de saúde e são menos sensíveis às políticas. Isso coloca um desafio ao governo mineiro e ao SUS, já que vai exigir do sistema mudanças estruturais para que o sistema esteja mais sensível, inclusive com o treinamento de profissionais para que olhem de forma mais atenta a essa população”, afirmou Ruy Muniz



A não-adesão às medidas de saúde integral por parte dos homens leva ao aumento da incidência de doenças e de mortalidade. Números do Ministério da Saúde mostram que, do total de mortes na faixa etária de 20 a 59 anos – população alvo da nova política -, 68% foram de homens. Ou seja, a cada três adultos que morrem no Brasil, dois são homens, aproximadamente. Os últimos dados de óbitos consideram o ano de 2005. Além disso, números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, embora a expectativa de vida dos homens tenha aumentado de 63,20 para 68,92 anos de 1991 para 2007, ela ainda se mantém 7,6 anos abaixo da média das mulheres.

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