Por Luis Cláudio Guedes
![]() Manoel Jorge de Castro, prefeito de Januária |
O prefeito de Januária, Manoel Jorge de Castro (PT), não estava blefando quando disse aos seus correligionários que não pretendia usar a prerrogativa de disputar um segundo mandato: o petista não pediu afastamento do cargo de vice-presidente da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) até o prazo limite para a desincompatibilização, no início deste mês de junho.
Setores da oposição em Januária avaliavam que a alegada desistência de Manoel Jorge era parte da estratégia em que deixaria a decisão de se candidatar novamente ou não para mais adiante, enquanto buscava melhorar a avaliação da administração. O anúncio de que seria candidato só viria na undécima hora, mas sua permanência na direção da Amams acabou com as especulações ao mostrar que a decisão é para valer.
Manoel Jorge desistiu da possiblidade do segundo mandato, segundo consta, após analisar pesquisas para consumo interno, que teriam indicado forte rejeição ao seu nome. O prefeito enfrentou mandato complicado, com queda na arrecadação do município e sucessivas crises administrativas, em especial no setor de saúde do município. Outra versão para a desistência, a oficial, dá conta que o prefeito atendeu aos apelos da família, em especial da primeira-dama Nancy Bergman Monteiro Castro, para que Manoel volte à sua pacata vida de funcionário aposentado de um banco público ao invés de entrar numa incerta campanha por um novo mandato.