Eduardo Brasil


Repórter


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Fátima Pereira usou a tribuna da câmara municipal de Montes Claros, nesta semana, para acusar a administração de Athos Avelino – PPS de ter elaborado lei ampliando as atividades do Procon – Serviço municipal de proteção ao consumidor para desvalorizar o servidor de carreira e para prestigiar os apadrinhados de seu governo, enquanto anunciava que a medida seria para valorizar o trabalhador da prefeitura.

- Ele mandou ao legislativo projeto de lei, aprovado pelo plenário por unanimidade, anunciando que a medida estaria dentro da política de valorização do servidor municipal efetivo, do servidor de carreira. Entretanto, assim que o projeto virou lei, ele tratou de utilizar as novas regras para prestigiar assessores afinados com sua administração.

Ainda segundo a vereadora, Athos Avelino, ao indicar para os novos cargos criados pela lei pessoas que atendem aos seus conchavos políticos revelou mais uma vez o seu desprezo pela categoria e total desrespeito aos funcionários que tecnicamente ofereciam mais qualificação para as funções.

- Ele não pensou em aprimorar os serviços do Procon. Pelo contrário. Simplesmente usou a lei para atender conchavos políticos que têm marcado o seu governo desde a posse em 2005.

IMORALIDADE E MEDO

Fátima Pereira lamenta, ainda, que o prêmio aos apadrinhados da administração signifique uma condenação aos servidores de carreira que há anos vêm atuando no Procon, assumindo funções que somente agora foram instituídas com a aprovação do projeto de lei.

Segundo ela, esses servidores que deveriam ter assumido os novos cargos, ao longo dos anos adquiram experiência no serviço, vivenciando os problemas da população, interagindo com ela para que a fiscalização fosse positiva e ocorresse de fato a defesa dos direitos do cidadão.

- Agora, quando eles estão mais que preparados para assumirem os cargos, o prefeito os coloca de escanteio? Foi isso que ele fez: deixou os servidores de carreira de escanteio e chamou pessoas de fora para assumirem as posições que, por mérito, diga-se de passagem, caberia a esses servidores.

A vereadora diz que nesta semana foi procurada por diversos servidores efetivos que se sentiram preteridos pela administração em benefício de contratados sem o mínimo de experiência para atuar no Procon.

- Eles esperam nosso apoio, porque se sentem frustrados, desprotegidos e com medo de serem retaliados mais uma vez no Procon. Tanto que me pediram para preservar seus nomes, temendo reações do prefeito que possam prejudicá-los ainda mais ao denunciarem mais esse ato do prefeito, que pode ser legal, mas é imoral – encerra Fátima Pereira.