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Domingo,14 de Setembro

Posse na AMAMS: Entidade renova sua presidência

Prefeito de São Francisco, Luiz Rocha Neto assume a associação em substituição a César Emílio, prefeito de Capitão Enéas, que se afasta para tentar a reeleição

Jornal O Norte
Publicado em 31/05/2016 às 07:00.Atualizado em 15/11/2021 às 16:02.

Por Marcelo Valmor










Foto: Wilson Medeiros

A transferência da presidência da Amams foi realizada na manhã desta segunda-feira

 

Em solenidade realizada no auditório da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) às 10h desta segunda-feira (30),  foi finalizado o mandato do prefeito de Capitão Enéas, César Emílio (PT) à frente da entidade, e aberta uma nova gestão, com a posse do presidente Luiz Rocha Neto (PMDB). Além de prefeito de São Francisco Luizinho, como é mais conhecido, também preside o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (Cisrun). O Consórcio é responsável pela gestão do Samu do Norte de Minas, que integra 86 municípios da região.

Em conversa exclusiva com O Norte, o novo presidente da Amams destacou o avanço no número de associados da associação, saindo das 54 prefeituras para 75 na gestão anterior. Mas apesar dos avanços, Luiz Rocha Neto destacou a importância de unificar o discurso norte-mineiro, através de suas associações, para garantir que as demandas da região possam ser atendidas.

- Temos que mudar nossa forma de reivindicar, fortalecendo a união entre as prefeituras, através de suas associações, e, por conseguinte, mudarmos, também, nossa forma de encaminhar as demandas.

Além disso, o presidente destacou a frágil situação econômica das prefeituras, mas acreditando que com o apoio da entidade através dos seus departamentos, pode ajudar as prefeituras filiadas.

- O nosso corpo técnico é muito bem qualificado, merecendo crédito para que ajudem nossos gestores a lidar melhor com essa situação de crise que assola as prefeituras, independentemente do quadro econômico nacional - afirmou.

Dois pontos mereceram destaque na fala do novo presidente Luiz da Rocha Neto. O primeiro foi a construção do Centro de Convivência com a Seca, e o outro, a crise na saúde local, representada, sobretudo, pelos índices de atendimento precários dos hospitais locais.

- Vamos procurar com o governador solução para resolver o problema da saúde local. Depois da intervenção, não houve melhoras significativas, por isso é preciso agir. Somos representantes de centenas de municípios e todos eles, sem exceção, dependem da boa saúde de Montes Claros. Por outro lado, é preciso atender melhor o homem do campo, trazendo a discussão sobre a necessidade da criação do Centro de Convivência com a Seca ao debate do dia - finalizou.

Para ao prefeito de Montes Claros, José Vicente Medeiros (PMDB), a cidade está sentindo a necessidade de voltar a participar mais ativamente da entidade.

- Estamos pensando em filiar Montes Claros na instituição novamente, negociando com todos e preservando o papel da cidade que liderou a fundação da Amams, e que, também, é a maior do Norte de Minas - ressaltou.

Vários prefeitos, naturalmente, estiveram presentes, mas a fala que mais alinhou com os novos tempos foi a do prefeito de Francisco Sá (PMDB), Denílson Silveira, o Denilsão.

- Esperamos que nossos dirigentes entendam a necessidade de separar a entidade dos interesses políticos do governo do estado. Só assim, com mais independência, teremos nossas demandas atendidas. Apesar de ser filiado ao PMDB, partido do vice-governador, não vejo como fortalecer a entidade abrindo ela a pressões externas – observa.

Presidente com mandato encerrado, César Emílio (PT) destacou em sua gestão a realização do concurso unificado, o apoio aos prefeitos através dos departamentos da Amams e o aumento de quase 30% no número de filiados.

AMAMS
A Amams foi criada no dia 1º de dezembro de 1977 por um grupo de gestores municipais, coordenado pelo então prefeito de Montes Claros, Antônio Lafetá Rebelo, que apostava na ideia de unir forças para aumentar o poder de reivindicação dos municípios da região junto aos governos estadual e federal.

Ela surgiu com a participação dos 42 prefeitos da área do Polígono da Seca, mas com as emancipações que surgiram desde então, e a adesão de outros municípios como Augusto de Lima, Buenópolis e Joaquim Felício, a região de abrangência da associação aumentou significativamente, representando hoje cerca de 1,6 milhão de habitantes em todo o norte de Minas Gerais.

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