Deputados paulistas vão lançar na próxima semana um nome ligado ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) para a disputa pela liderança da legenda na Câmara. Alckmin e o senador Aécio Neves (MG) medem forças internamente tendo como horizonte a eleição presidencial de 2018. Até o início de 2017, a briga será pelo controle de cargos estratégicos no Congresso e o comando da legenda.
Apesar de o PSDB sair das eleições municipais como o maior vitorioso, Aécio, presidente nacional do partido, amargou nova derrota em Belo Horizonte, onde o candidato tucano João Leite foi derrotado no segundo turno por Alexandre Kalil (PHS).
Já o governador paulista, que faturou com a vitória de João Doria (PSDB) em São Paulo, no primeiro turno, dizem os paulistas, consolidou o triunfo na segunda etapa de votação e aumentou seu capital político para 2018.
ESCOLHA ESTRATÉGICA
A escolha do líder na Câmara, que ocorrerá na primeira semana de dezembro, é vista no partido como estratégica para a escolha do futuro presidenciável. A representação de Alckmin tem 14 deputados federais de uma bancada de 50.
Aliados de Aécio, por sua vez, minimizam a derrota de João Leite em Belo Horizonte e a influência de Alckmin em São Paulo e afirmam que o senador mineiro revitalizou sua liderança nacional nestas eleições municipais.
- Aécio continua no páreo. Ele terá influência na sucessão da liderança da bancada. Geraldo Alckmin teve uma grande vitória, mas está preso na missão de governar São Paulo - afirmou o deputado federal Domingos Sávio, que é presidente do PSDB mineiro.