Concorrência desleal


na venda de algodão


pode causar o


fechamento da Paculdino

Eduardo Brasil


Repórter


www.onorte.net/eduardobrasil

O vereador Ildeu Maia – PP está convencido de que o governo brasileiro precisa rever medidas econômicas que têm penalizado as indústrias têxteis do país. Ele tira como exemplo a situação enfrentada pela Indústria Têxtil Paculdino, em Montes Claros, ameaçada de paralisar suas atividades face à concorrência estrangeira e desleal que estaria sofrendo por parte de empresas chinesas. Segundo ele, se não ocorrer uma mudança na política estabelecida pelo governo, essa situação tende a piorar, agravando a questão do desemprego.

- A venda de algodão pelos chineses, mais barato que o produto nacional levará muitas empresas brasileiras à falência. Não há como competir com o preço que eles impuseram ao mercado brasileiro – ressalta.

Ildeu Maia informa que se a Paculdino fechar as portas diretamente mais de duzentos trabalhadores - pais de família estarão engrossando as fileiras do desemprego em Montes Claros. - Não podemos, por outro lado, permitir que uma empresa tradicional como a Paculdino, que vem contribuindo enormemente com o desenvolvimento de Montes Claros e da região, gerando emprego e renda deixe de existir por conta da concorrência desleal dos estrangeiros – conclamou o vereador, apelando para a união das forças políticas e empresariais no sentido de evitar o fechamento da indústria de tecelagem.

CHINESES

Ildeu Maia sugere que uma comitiva de políticos e empresários seja constituída para levar pessoalmente às autoridades governamentais, em Belo Horizonte e em Brasília, reivindicações para o estabelecimento de uma política de valorização do produto nacional que elimine a vantagem que os chineses estariam recebendo na questão de impostos, o que lhes facilita a exportação do produto de tão longe, promovendo uma política de apoio ao produtor brasileiro.

- A Paculdino, como centenas de outras indústrias têxteis do país, está sendo prejudicada com a venda de algodão ao mercado brasileiro, pelos chineses, com preços bem inferiores. Não entendemos como empresas do outro lado do mundo oferecem ao Brasil algodão mais barato que o produzido aqui, onde o setor de cotonicultura é expressivo.

Para o vereador, o presidente Lula precisa rever essa questão e o vice-presidente, José Alencar deve contribuir pessoalmente para que as mudanças sejam procedidas.

- O vice-presidente é do ramo de tecelagem (proprietário da Coteminas) e sabe o que as empresas do setor estão passando com essa concorrência desleal dos chineses, que precisa acabar – frisa o parlamentar, que deverá manter contatos com os deputados da bancada do Norte de Minas na assembléia estadual e no congresso nacional para empreender as gestões necessárias.

- Devemos lutar para que a Paculdino não pare de produzir e para que suas dezenas de funcionários sejam preservadas no emprego – encerra o vereador, que antes de ingressar na carreira pública pertenceu aos quadros da empresa.