Arthur Júnior
Colaboração para O Norte
O ministro Gedel Vieira Lima, da Integração Nacional, receberá apelo para que a Bacia Hidrográfica do Alto Rio Pardo, no Norte de Minas, seja incluída na área de atuação da Codevasf - Companhia de desenvolvimento do Vale do São Francisco. O pedido será feito pela Amams - Associação dos municípios da área mineira da Sudene, nesta quarta-feira, durante a reunião a ser realizada com o ministro, em Montes Claros. O presidente da entidade, Valmir Morais de Sá, entende que a área do Rio Pardo está entre duas bacias hidrográficas de grande porte, que são do São Francisco e Jequitinhonha, mas sem nenhum projeto ou programa específico. A reunião com o ministro está programada para às 13 horas, na sede da Superintendência Estadual da Codevasf, em Montes Claros e coube a Amams articular a presença dos prefeitos. “Estaremos resgatando a dignidade e promovendo o progresso em 17 municípios do Alto Rio Pardo, que estão excluídos de qualquer processo ou projeto de desenvolvimento” - afirma Morais.
Na pauta a ser apresentada ao ministro Gedel Vieira Lima, a Amams apresentará a ele o projeto do Cinturão Sanitário na Bacia Hidrográfica do Verde Grande, onde seriam beneficiados 23 municípios. A Amams elaborou um projeto que foi aprovado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional Urbano e encaminhado para o Programa de Revitalização do São Francisco, onde propõe instalar Estação de Tratamento de Esgoto em cada um dos municípios. Atualmente, cinco municípios já contam com esta obra, como Montes Claros, que está em obras; Juramento, Glaucilândia e outros dois municípios. “O Verde Grande é a maior bacia produtora do Norte de Minas. Se devolvermos ao leito do rio, uma água pura, estaremos transmitindo saúde aos moradores” - destaca Valmir Morais de Sá. Por sinal, os municípios de Bocaiúva, Buenópolis, Capitão Enéas, Catuti, Engenheiro Navarro, Espinosa, Icaraí de Minas, Itacarambi, Jaiba, Juvenília, Lontra, Manga, Matias Cardoso, Mirabela, Riacho dos Machados, São João da Ponte, Varzelândia e Verdelândia assinaram quarta-feira, em Montes Claros, protocolo de intenção com o Ministério da Integração Nacional, para esgotamento sanitário, no PAC.
A terceira reivindicação da Amams é para o Ministério da Integração Nacional, através da Codevasf, estabelecer convênio com a Amams, visando instalar e capacitar os conselhos municipais de meio ambiente em 70 municípios do Norte de Minas que ainda não estão dotados deste mecanismo de fiscalização e execução da preservação ambiental. A Amams tem o departamento de meio ambiente, coordenado pelo professor Luiz Lobo, com plenas condições de executar este serviço e solicitou o repasse de R$ 2 milhões, para além da capacitação, dotar cada Codema com um veículo e escritório em condições de desempenhar a função. Atualmente, 22 municípios do Norte de Minas foram beneficiados com um convênio similar, assinado pela Codevasf, Ministério Público e Instituto Grande Sertão.
O presidente da Amams, Valmir Morais de Sá, ressalta que a presença do ministro Gedel Vieira Lima a Moc é mais uma demonstração da força da entidade, pois a única vez que o ministro deixará de andar pelo leito do rio São Francisco é nesta visita a Montes Claros. “Desde quando foi marcada sua agenda, a Amams acionou o ministério da Integração Nacional para solicitar que ele viesse a Montes Claros, por ser a maior cidade na Bacia do São Francisco, no eixo Belo Horizonte-Brasília-Salvador, além de sediar todos órgãos vinculados ao Ministério do Desenvolvimento Social, como Codevasf, Dnocs e até mesmo a Adene/Sudene. O pedido foi atendido, com apoio do superintendente estadual da Codevasf, Anderson Vasconcelos Chaves.
- Teríamos uma pauta extensa para apresentá-lo, como ampliar o semi-árido para todos municípios do Norte de Minas permitindo que os recursos do Fundo Constitucional do Nordeste sejam oferecidos com taxas diferenciadas; priorizar as obras da Barragem de Congonhas, incluída no Pac - Programa de aceleração do crescimento; retomar as obras das barragens de Berizal e Peão, em Taiobeiras e São João do Paraíso, que estão embargadas por causas de polêmicas ambientais e, acelerar a recriação e implantação da Sudene - destaca Valmir Morais.