Eleições 2022

Moradores de MOC pedem foco em economia e cultura aos eleitos

Às vésperas da eleição, montes-clarenses avaliam o que políticos precisam fazer para melhorar a vida na região

Larissa Durães
Publicado em 29/09/2022 às 23:35.
 (LARISSA DURÃES)

(LARISSA DURÃES)

Economia, agropecuária, cultura. Às vésperas das eleições, montes-clarenses listam quais devem ser as prioridade dos eleitos para o próximo mandato.

Em conversa com o O NORTE, a artesã Elizete Ane Barbosa Lopes, de 65 anos, diz, orgulhosa, que a arte é fundamental na vida do ser humano. Por isto, acredita que a matéria deveria retornar às escolas. E os governantes precisam olhar com mais carinho para a cultura. 

Elizete diz que no momento, há anos, o poder público não ajuda a cultura de MOC.  

“A minha loja é a única que trabalha com a cultura de Montes Claros, a gente faz questão de trabalhar na parte de bordado que é uma cultura rica. Tem gente que pergunta se a loja é da prefeitura, se a prefeitura ajuda. Não. É uma loja particular, prefeitura não ajuda em nada!”, afirma. 

Elizete sonha pra 2023 que a arte em Montes Claros, seja mais cuidada, respeitada e amada. 

“Espero pessoas que valorizem a cultura, que intendam a cultura sejam eleitas e nos ajudem. Nós que trabalhamos com arte, cultura, na cidade estamos muito desiludidos. Mas sou uma pessoa esperançosa, tenho uma perseverança louca e acredito que vai melhorar a partir do ano que vem e que as pessoas da cidade aprendam a dar mais valor na arte e na cultura da própria cidade”, destaca. 
 
CHANCE PARA TODOS
Para o taxista José Mota, de 74 anos, que desde 1982 rodas pelas ruas da cidade levando passageiros, o Brasil é discrimina-tório e elitista.

“Tem uma forma de distribuição desordenada de renda, como no meu caso, por exemplo. Sou profissional há 42 anos e, até hoje não consegui me aposentar. Agora com a idade que tenho, me vejo em uma situação muito difícil, nada promissora”, lamenta. 

Sobre Montes Claros, acredita que a cidade não é a “Princesinha do Norte”, como muitos a chamam, por não ser generosa com todos habitantes. 

“Ela não é pecuária, não é indústria. É uma cidade de pequenos comércios que deixa muito a desejar. Montes Claros teve um período muito bom, de muitas indústrias. Mas faltou incentivo e elas se foram. Fazem muita falta”, opina. 

A partir do ano que vem, José projeta as esperanças e sonhos. 

“Penso nos meus netos, por isto espero coisa melhor do que estamos vivendo agora. Que as rendas sejam melhor distribuídas. Gostaria que os qualificados possam ter direitos, mas os mais simples também”, espera. 
 
COMIDA NA MESA 
Nem tudo está perdido. É o que acredita o produtor de leite no Município de Ubaí, Norte de Minas, José Pereira Mourão, que explica que a situação do campo está mais ou menos.  

“O leite teve uma melhora, mas voltou a cair de novo e quando cai prejudica muito o bolso do produtor porque com o valor do combustível acaba interferindo nas despesas que ficam muito altas, o custo é bem puxado das coisas hoje”.  

Para o ano que vem, José, aguarda por dias melhores para todos. 

“A gente espera que seja bom, que seja melhor que esse ano. É o que o produtor espera e precisa. E que seja melhor para todos, em uma forma geral, que todos possam ganhar, a partir do produtor até o consumidor que desce pra todo mundo participar e ficar satisfeito. É criança que a gente vê aqui no campo passando fome e não poder tomar um copo de leite, porque o pai não tem condição de dar, mesmo quem recebe Bolsa Família. Então, espero que quem ganhar nessas eleições, nos ajude pra gente poder ajudar quem passa fome, porque aí todo mundo ganha”, sonha José.

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