
Os empregos formais nas principais cidades do Norte de Minas cresceram acima da média do Estado entre janeiro e novembro deste ano, aponta o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgado ontem. Os 13 municípios da região com mais de 30 mil habitantes conquistaram um saldo (diferença entre pessoas admitidas e dispensadas) de 1.201 vagas no período, um aumento médio de 1,58% em relação ao fim de 2016. O aumento médio das 116 cidades mineiras estudadas foi de 1,05%.
Apesar de ser a maior cidade da região, Montes Claros tem um saldo de apenas 308 vagas, alta de apenas 0,41% em relação a 2016. A quantidade é menor, inclusive, que a verificada em Pirapora e Jaíba, com saldo de 461 e 327 postos formais de trabalho criados, respectivamente, no período analisado.
O acadêmico de direito Alessandro Madureira é de Januária e chegou a Montes Claros para estudar. Mora de aluguel e conseguiu há três meses um trabalho como atendente em um call center da cidade.
“Foram quase dois anos procurando trabalho. Eu não tinha muita experiência, então dificultou ainda mais conseguir um trabalho. Hoje tenho minha carteira assinada e a oportunidade de crescer dentro da empresa”, disse, aliviado com a oportunidade conquistada neste ano.
RECUPERAÇÃO
Segundo o economista Aroldo Rodrigues, o Norte de Minas é mais sensível quanto à instabilidade da economia. “Sempre que cair o emprego no geral, teremos grande queda na região. E quando aumentar a oferta de empregos, teremos, consequentemente, grande crescimento”, analisa o especialista.
Ainda segundo Aroldo, os números do Caged mostram que o mercado de trabalho na região e no Estado está se recompondo após a crise.
Já a coordenadora do Sine Montes Claros, Isa Dias, citou uma leve retomada na economia para justificar a alta nos postos de trabalho no Norte de Minas. “O crescimento se dá justamente pela vinda de novos empreendimentos para a região”, considerou.
BRASIL
O país também vem apresentando um saldo positivo na abertura de vagas de trabalho neste ano. Segundo o Caged, de janeiro a novembro, o saldo foi de 299.635 postos de trabalho com carteira assinada.
O problema foi o desempenho em novembro, quando foram fechadas 12.292 vagas de emprego formal, quando a expectativa do mercado era de alta. O saldo do mês passado interrompe a sequência de sete meses seguidos de geração de empregos formais. O dado inclui contratos firmados já sob as novas modalidades previstas na reforma trabalhista, como a jornada intermitente e a jornada parcial, em vigor desde 13 de novembro.
Colaborou Carlos Castro Jr.