Eduardo Brasil
Repórter
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Apesar das promessas feitas ontem à tarde à categoria, em reunião promovida por membros do Conselho municipal de previdência, do Prevmoc, Instituto municipal de previdência social, com a participação de alguns vereadores de Montes Claros, os lojistas do Shopping Popular afirmaram que continuam descrentes de que o projeto de lei do executivo, que muda as regras de administração do bem público deixará de prejudicá-los.
Na reunião, os conselheiros municipais tentaram explicar os motivos das medidas anunciadas no projeto, ressaltando que elas se devem à situação financeira caótica que cerca o empreendimento desde que ele foi erguido, com recursos dos servidores municipais, na administração do ex-prefeito Jairo Ataíde – PFL e que a intenção é reestruturá-lo.
SEM ESSA
Apesar do esforço dos conselheiros previdenciários em tentar convencer os lojistas de que as críticas ao projeto seriam políticas, e que as mudanças servirão para garantir o que eles já conquistaram, a arenga foi entendida de outra forma.
- Nós, lojistas, não temos culpa por tudo que aconteceu e não podemos ser as vítimas de erros alheios. O shopping foi construído para atender a uma questão social e a prefeitura que resolva o problema que tem afetado esse princípio - ressalta Waldemir Leite, lojista e que participou da reunião.
Para ele, não interessa aos lojistas pagarem por erros envolvendo recursos públicos que não são deles.
- Agora, não adianta eles tentarem nos convencer com reuniões que não permitem, inclusive, a participação de quem está de fato do nosso lado. Sem essa - acrescentou, referindo-se à exigência do presidente do Prevmoc, José da Conceição, que teria marcado a reunião com a condição de que Ruy Muniz - PFL não participasse dela - o vereador tem sido um dos mais contundentes opositores à proposta do executivo montes-clarense.
BLÁ-BLÁ-BLÁ
Segundo Valdemir Leite, os lojistas não se deixaram convencer pelo blá-blá-blá de ontem à tarde e não abrirão mão de defenderem seus direitos na reunião de hoje da câmara municipal.
- Não mudou nada tanta promessa de que não vão nos prejudicar e coisa e tal. A gente não acredita nisso, porque já fomos enganados outras vezes. O que eles querem mesmo é que, com as dívidas, o lojista pague mais caro para trabalhar no shopping. Ele não tem condição para isso. Adivinha quem terá? - indaga o lojista, respondendo, ele mesmo, em seguida.
- Ora, o grande empresário, é claro. É isso que o projeto continua querendo: privatizar o shopping popular, nos expulsando de lá. A câmara não pode aprovar as medidas sem as emendas apresentadas, que corrigem seus erros, erros que comprometem o futuro de 268 ex-camelôs - diz o lojista, que promete fechar seu estabelecimento na manhã de hoje para acompanhar a votação do projeto na câmara de vereadores.
- Estaremos lá. Vamos respeitar o regimento da câmara, mas não deixaremos de acompanhar a votação.
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