Samuel Nunes


Repórter

A convenção do diretório municipal do PMDB marcada para o último domingo, 26, na câmara municipal de Montes Claros, não aconteceu em virtude de liminar concedida pela justiça à chapa composta pelos ex- vereadores Josedilson Cerezo, e pelo suplente de vereador Ildefonso. Inicialmente, a eleição para a escolha do diretório do partido tinha até então única chapa composta pelo atual presidente da câmara e vereador Athos Mameluque.

De acordo com informações colhidas pela reportagem, dentro do prazo de pelo menos 30 dias deve acontecer uma nova convenção, sendo que a atual agremiação ignorou ou deixou de receber o registro da chapa concorrente. Minutos antes do início dos trabalhos, já na manhã do último domingo, um oficial de justiça chegou com uma liminar suspendendo a convenção do PMDB.

A reportagem ouviu, na manhã de ontem, o presidente do partido, vereador Athos Mameluque. Este afirma que tem trabalhado de forma incessante para que o processo eleitoral aconteça. Entretanto, a chapa liderada pelo suplente de vereador Ildefonso só foi constituída fora do prazo.

- Por alguns motivos, os membros que constituem a outra chapa interpretou mal o estatuto, achando que a chapa deveria ser inscrita cinco dias antes quando na verdade são oito dias – afirma.

Mameluque afirma ainda que não pôde receber a referida chapa pois, estaria ferindo o estatuto e a eleição poderia ser impugnada. Ele frisa ainda que a ação impetrada no pedido de liminar está rechaçada de inverdades que tem, de acordo com Mameluque, o único objetivo de confundir a justiça para obter, em sua concepção, uma liminar que pudesse suspender a convenção.

Athos Mameluque alega que cumpriu todas as formalidades do estatuto e que tudo está registrado em ata.

- Tudo está devidamente assinado pelos membros da executiva legitimando o processo. Rechaço a idéia de que outra chapa teria encontrado dificuldades para o registro. Na verdade perderam o prazo, o que foi lamentável, pois acho salutar uma disputa – diz.

Athos Mameluque afirma que estará recorrendo desta liminar em Belo Horizonte.

O vereador Pastor Elair, líder do PMDB na câmara municipal, afirma que tem trabalhado incessantemente para a união e o consenso dentro do partido. Frisa que não tem preferência de lados, mas reitera que tem trabalhado de forma a solidificar esta agremiação partidária que tem tradição não somente em Minas Gerais bem como em todo o Brasil.

A O NORTE, o suplente de vereador e integrante da chapa concorrente pela disputa do diretório municipal do partido, Ildefonso Pereira, revela que faltou responsabilidade ao presidente do diretório e vereador Athos Mameluque ao não aceitar o registro da sua chapa. Alega que entrou, sim, em tempo hábil com o registro da candidatura, para ser mais especifico, afirma Ildefonso Pereira, no dia 16 de outubro, sendo que ele, o presidente, de acordo com Ildefonso, não quis receber o registro.

- Tentamos um acordo, mas ele não aceitou. Tudo isso poderia ter sido evitado. O que queremos é o direito de disputar a eleição – conclui.