Admitida pela própria reitoria da Unimontes e confirmada pela Adunimontes, a paralisação na Unimontes atinge 80% do corpo docente. Além disso, a expectativa pelo fim do movimento ainda é uma dúvida na cabeça de toda a comunidade acadêmica, já que segundo o sindicato da categoria, o governo mineiro está inflexível quanto à negociação da pauta de reivindicação.
- Apesar de sabermos que a politização da universidade passa pela ampliação da luta, entendemos que a legitimidade do mandato do reitor é ponto importante, também, para pressionarmos o governador a nos ouvir, mas não é o que enxergamos na atitude dos dirigentes da Unimontes - explicou o professor Gilmar Ribeiro.
Para o Coordenador Financeiro do DCE, Bruno Rocha, o fato de não ter ganhado as eleições coloca o mandato do atual reitor em xeque, já que contraria a lógica buscada nos regimes democráticos que é a de dar voz à maioria.
- Claro que a falta de legitimidade do mandato do reitor João Canela e do Padre Avilmar pesa na hora de negociarem com o governo do estado. Não entendemos como a direção da Universidade não expõe com clareza essas dificuldades para interceder a favor dos professores. Por isso acreditamos que a legitimidade é o primeiro passo para buscar resultados - completou.
A Unimontes é uma universidade de direito público, tem sua sede em Montes Claros, e atua em várias cidades da região com campi avançado em boa parte delas ou, simplesmente, prestando cursos e apoiando movimentos culturais, como o Festival de Inverno de Grão Mogol, realizado no mês de julho. (MV)