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Segunda-Feira,1 de Setembro

Governança Solidária será discutida na câmara municipal

Jornal O Norte
Publicado em 14/05/2007 às 09:04.Atualizado em 15/11/2021 às 08:04.

Vereadores aliados contrariam


prefeito e aprovam debate


que ele queria evitar



Eduardo Brasil


Repórter


www.onorte.net/eduardobrasil



O que o prefeito Athos Avelino – PPS menos queria aconteceu: a câmara municipal de Montes Claros aprovou, por seis votos a favor e quatro contra, na terça-feira 8, requerimento da oposição – de autoria de Athos Mameluque – PMDB, e discutirá, em audiência pública, no próximo dia 31, o seu programa administrativo denominado de Governança Solidária. A decisão do plenário, segundo fontes da bancada situacionista não agradou o executivo.



- Ele havia de fato pedido para evitar as discussões, que ele entende como uma maneira de, politicamente, a oposição diminuir o grande trabalho que vem desenvolvendo com o objetivo de tornar a sua administração um marco na questão da gestão participativa. O equívoco de Aurindo Ribeiro não foi bom pra ele - observaram, confirmando articulações que tentaram evitar o debate exatamente onde o programa Governança Solidária recebe as críticas mais contundentes.






Vereadores e populares finalmente debaterão


a Governança Solidária
(foto: Wilson Medeiros)



- E, principalmente, pelo fato de que a aprovação do requerimento oposicionista contou com os votos de dois importantes apoios que ele tem no legislativo: do porta-voz Aurindo Ribeiro – PV e do vereador Valcir Soares – PTB, que foi seu secretário de Ação Social, em 2005 - completa Athos Mameluque.



- Eu votei errado – tratou de justificar Aurindo Ribeiro, que tentou, sem sucesso, ao longo da semana, anular o seu voto junto à mesa diretora da casa, argumentando ter sido acometido de uma confusão ao digitar o seu voto apontado pelo painel eletrônico.



- Não podemos mudar o voto, que já consta da ata desta casa. O voto do vereador fica, portanto, mantido, com a ressalva de que ele se equivocara na hora do sufrágio – observou Guila Ramos - PL, vice-presidente da casa, e que conduziu os trabalhos legislativos da semana, confirmando a audiência pública para o dia 31 de maio.



FIM DA PROIBIÇÃO



A aprovação do requerimento, para Athos Mameluque, faz com que o debate sobre a Governança Solidária deixe de ser um assunto proibido pelo prefeito na câmara municipal.



- Apesar de o vereador, Aurindo Ribeiro, que naturalmente deve ter levado um pito do seu chefe, ter tentado na base do - pelo Amor de Deus, recuar da decisão de apoiar a audiência pública, penso que na cabeça dos dois vereadores da situação ocorreu, não exatamente um equívoco, mas um fenômeno de consciência, mesmo que passageira, mas o bastante para o povo festejar mais um avanço em busca da transparência– comemorou Athos Mameluque.



Segundo ele, que por quatro vezes tentara sem sucesso a aprovação de seu requerimento, a audiência será importante para que a população seja tecnicamente informada sobre a Governança Solidária.



- Até agora temos ouvido apenas as apologias do programa, mas nada de concreto, nada sobre as obras que realmente estariam sendo realizadas ou que serão realizadas - disse, ressaltando ser preciso que a prefeitura explique sobre os gastos com o programa, de onde ela retira os recursos e se o dinheiro público está sendo corretamente utilizado pelo governo municipal.



PRESENÇA



Apesar de ter recusado todos os convites da câmara municipal, para participar de debates sobre temas importantes em relação aos problemas que afligem a populaçlão, na busca de soluções, desde que assumiu a prefeitura, o vereador peemedebista espera que o prefeito, considerando que o assunto - Governança Solidária diz respeito à menina dos olhos de sua administração, desta vez não fuja de suas responsabilidades.



- Esperamos pela participação do prefeito e de todos os secretários municipais envolvidos com o projeto nos debates de 31 de maio - acrescentou, informando que entre os convidados para as discussões certamente estará Rudá Ricci, que concebeu o projeto da Governança Solidária e que o abandonou em seguida.



- E abandonou acusando a administração de ser incompetente para realizá-lo - emendou o vereador, referindo-se ao diretor do Instituto Cultiva, empresa de consultoria que prestou serviços ao município ao longo dos últimos dois anos.



Para o vereador da oposição, será a hora da verdade.



- Se a administração defende tanto a transparência e a honestidade, que ela aproveite a oportunidade e marque presença, que mais uma vez não fuja dos debates. A administração mais do que nunca precisa esclarecer o que está fazendo com os vultosos recursos públicos, num programa que apregoa ser a solução dos nossos problemas, mas que não é, já que os problemas aumentam a cada dia. Na verdade, que programa é esse? É o que queremos saber - conclui Athos Mameluque.

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