Fátima Pereira critica marajás na prefeitura e marginalização do servidor municipal

Jornal O Norte
Publicado em 01/03/2007 às 10:12.Atualizado em 15/11/2021 às 07:59.

A vereadora Fátima Pereira – PP continua tecendo severas críticas à Governança Solidária da administração do prefeito Athos Avelino – PPS, que ela denomina como lambança solitária, acusando o executivo de Montes Claros de abarrotar a prefeitura de assessores contratados a peso de ouro, que chegam à cidade, trazidos de outras regiões, como se fossem os salvadores da pátria



Eduardo Brasil


Repórter


www.onorte.net/eduardobrasil



- Agora mesmo, mais um estrangeiro lá das bandas do Rio Grande do Sul, de Porto Alegre, aportou de vez na cidade para engrossar a lista dos que recebem na prefeitura salários astronômicos bancados pelo povo de Montes Claros. É um fulano de nome Rudá Ricci, que nunca vimos mais gordo ou magro, que nunca residiu na cidade, mas que foi contratado pelo prefeito como o grande conhecedor de Montes Claros, para implantar aqui a tal Governança Solidária.



Coordenador geral do Instituto Cultiva, organização não-governamental com sede em Belo Horizonte, e que trabalha atendendo prefeituras do país com noções de gestão participativa e controle social, Rudá Rucci participa, hoje, no legislativo, às 19h30 de audiência pública para tratar da Governança Solidária e de uma agenda mínima para o desenvolvimento municipal.



- É lamentável que a prefeitura gaste quantias fabulosas para pagar conselheiros que se julgam salvadores da pátria, que chegam à cidade como quem vai nos ensinar tudo, como se fôssemos totais ignorantes, enquanto o servidor municipal é marginalizado com salários defasados e desvalorizado no serviço público – ressalta, afirmando que o prefeito Athos Avelino até o momento, inclusive, não sinalizou para um aumento salarial da categoria.



SERVIDOR MALTRATADO



Para Fátima Pereira, ao desprezar o servidor público em benefício de seus amigos seletos e caros ao povo, o prefeito Athos Avelino descumpre uma de suas principais promessas de campanha, que foi a de valorizar o trabalhador da prefeitura.



- Como tem sido freqüente nesses últimos dois anos, passam os meses de fevereiro e março sem que haja qualquer sinalização, envio à câmara de projeto nesse sentido, para atender ao servidor de carreira. Enquanto isso, o executivo atola a câmara municipal de projetos criando novos cargos comissionados, e que são aprovados pela maioria do plenário em regime de urgência, como agora, quando se aprovou a contratação de mais gente de fora para a administração.



De acordo com Fátima Pereira, o que causa espanto e a deixa revoltada é que ninguém fala dos servidores efetivos há 10, 15, 20 anos na prefeitura.



- Na administração, ninguém se lembra deles. São maltratados. Então, são dois anos sem reajuste de salários que esses servidores amargam. Dizem que na Educação houve aumento. Mas, espera aí, foi um reajuste garantido por dinheiro carimbado, do governo federal, do Fundef, que deve ser gasto sob pena de ser devolvido aos cofres da União. Não há nenhum mérito da administração municipal na questão do reajuste dos vencimentos dos profissionais de Educação.



A parlamentar defende o desenvolvimento de uma política de valorização dos servidores, prometida e não cumprida pelo prefeito, e lembra que isso vem sendo cobrado por ela nos últimos dois anos e dois meses, todos os dias.



- E continuarei cobrando. O problema é que cada prefeito que assume o poder municipal só pensa numa coisa: contemplar seus amigos com ricos salários, para depois ir embora. E os servidores continuam nessa mesma situação deplorável e insustentável. É preciso que haja incentivo para que as pessoas possam ingressar na carreira, saber que vão percorrer uma trajetória árdua, mas que terão seus esforços compensados.

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