Fátima diz que prefeito será esquecido e que ele não entende nada de Educação

Jornal O Norte
18/10/2006 às 09:32.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:42

Revelando decepção com o que chamou de política rasteira do prefeito Athos Avelino – PPS, a vereadora Fátima Pereira (sem partido) fez um discurso contundente e recheado de críticas ao chefe do executivo de Montes Claros.




Fátima Pereira confessa que sua alegria é saber que Athos Avelino é um prefeito de um mandato só, por causa da sua péssima administração (foto: arquivo/ Wilson Medeiros)

- A minha alegria, prefeito Athos Avelino, é que o senhor é um prefeito de um mandato só. Porque o senhor responde por uma péssima administração, de desmandos, onde ninguém sabe quem de fato manda, porque usa de política rasteira para alcançar seus objetivos. Porque lhe falta grandeza – disse ela.

Ainda segundo a vereadora, o prefeito Athos Avelino não seria reeleito, também, porque engana o povo – e deu exemplo desse procedimento, aludindo à dispensa de servidores municipais com contratos administrativos.

- Ora, doutor Athos Avelino Pereira, todos se lembram: o senhor prometeu emprego na campanha política, quando se apresentou como um santo para o eleitorado. Que santo é esse? Hoje, o senhor manda embora centenas de trabalhadores, pais de família que tinham o ganha-pão como servidores da prefeitura. E isso o senhor faz ao mesmo tempo em que aumenta a arrecadação municipal. Certamente para continuar empregando parentes com altos salários. Que santo é esse que penaliza o pobre do cidadão para prestigiar seus amigos do terceiro andar da prefeitura? Tenha grandeza, prefeito – desabafou a vereadora.

FACADA NA DEMOCRACIA

Em relação à aprovação do projeto instituindo a gestão democrática do ensino público municipal, aprovado, segundo a oposição, sob pressão do executivo, autor da matéria, sem que suas emendas pudessem corrigir as imperfeições que ele guardaria, Fátima Pereira disse que Athos Avelino deu uma facada na democracia nas escolas - e que os professores não deveriam aceitar de braços cruzados as discriminações que se tornarão lei.

- Que os professores se revoltem contra essa democracia meia-sola, que façam correr esses apadrinhados do prefeito. Não tenham medo, colegas, porque esse pseudo-poder do prefeito é breve.

VAIDADE

A vereadora também censurou Athos Avelino pela vaidade em querer ser autor de projetos de relevante alcance social e pela perseguição política que empreende a adversários, a ponto de ignorar emendas importantes para a consolidação da democracia nas escolas municipais.

- E com qual autoridade que ele faz isso? O senhor, prefeito, e o seu secretário (Gilmar Ribeiro) não entendem nada de educação. Sobretudo quando dizem que escola tem filosofia. Não tem. Escola tem missão. Aprendam isso – acrescentou, observando que ao impor a aprovação de um projeto imperfeito e tendencioso, o executivo confirmou o seu desprezo com o professor.

- Mas o senhor passará doutor Athos Avelino Pereira. Passará, e será esquecido pela história. É pena que o povo de Montes Claros ainda tenha de conviver com o senhor por mais dois anos. Mas, pensando bem, dois anos passam rápido.

Entre outras medidas, as emendas de Fátima Pereira estendiam o pleito direto também para as escolas de ensino infantil, médio, e da zona rural, alijadas do processo no projeto do executivo, evitavam a concorrência de pessoas não vinculadas ao ensino municipal para o cargo de diretores escolares e vetavam a coincidência de mandato dos eleitos com o do prefeito, como determina agora a lei a ser sancionada e publicada pelo executivo.

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