Athos Mameluque – PMDB, um dos vereadores que mais se empenharam na defesa da manutenção da Smel - secretaria municipal de Esportes e Lazer, rebaixada à unidade adjunta da secretaria da Educação, com o projeto de reforma administrativa do executivo, aprovado nesta quinta-feira, disse que a câmara municipal incorreu em grave erro ao obedecer às ordens do prefeito
Segundo ele, a câmara municipal de Montes Claros foi mais uma vez manchada pela maioria que obedece ao prefeito, a maioria subserviente, aprovando um documento com inúmeras outras falhas, além da extinção da Smel.
- Um documento tomado de incorreções.
Mameluque diz lamentar que os olhos fechados de Athos Avelino (PPS) e os ouvidos surdos de sua administração tenham rompido com um sonho que ele tivera ainda às vésperas de quinta-feira em relação ao comportamento de seus pares e à reforma administrativa.
- Sonhei como Martin Luther King, o negro norte-americano que sonhava um mundo de igualdades, que os vereadores aprovariam a reforma administrativa, sim, mas que excluiriam do projeto as medidas de extinção da secretaria de Esportes e Lazer. Mas, isso não aconteceu. Fui despertado para um pesadelo que é tolerar a posição curvada de nobres colegas que se deixam ser conduzidos pelo comando de um prefeito incapaz e que os usa como instrumento de sua política que é o próprio pesadelo do povo.
SEGURANÇA E CIDADANIA
Athos Mameluque não recua do pensamento de que Athos Avelino faz com que Montes Claros caminhe na contramão da realidade com as medidas que exigiu na reforma administrativa. Ele deplora que o projeto também tenha extinguido outra pasta importante do município, a de Segurança Pública e de Direitos do Cidadão, cuja classificação para pasta coadjuvante passou ao largo das discussões que foram promovidas na semana passada.
Athos Mameluque considera a extinção da secretaria de Esportes e Lazer como um pesadelo imposto pelo prefeito e que rompeu com um sonho de igualdade (foto: Wilson Medeiros)
- O pior de tudo, é que a câmara municipal aprovou a extinção da pasta de Segurança Pública e de Direitos do Cidadão no mesmo dia em que, no bairro Cidade Cristo Rei, bandidos se enfrentavam em tiroteio, colocando em risco a vida de centenas de pessoas que residem naquela região, uma das mais violentas da cidade marcada por rivalidades de gangues que disputam os pontos de vendas de drogas.
O parlamentar diz não compreender como um prefeito decide acabar com duas secretarias que ajudavam a evitar a sucessão de crimes que vêm se tornando banais em Montes Claros, e a conduzir crianças, jovens e adultos para longe do mundo marginal.
- Só mesmo uma pessoa alienada, de pouca visão, como o nosso prefeito poderia ter uma idéia como essa. Ele presta um enorme desserviço ao povo de Montes Claros.