Empresa de serviços urbanos
é tida como uma das vilãs
do meio-ambiente em Moc
Eduardo Brasil
Repórter
www.onorte.net/eduardobrasil
A vereadora Fátima Pereira (sem partido) denunciou a Esurb, empresa municipal de serviços urbanos por agressão ao meio-ambiente ao manter, no bairro Santa Rita II, uma de suas principais unidades sem observar preceitos importantes para ocupação urbana por agentes poluentes, causando graves problemas de saúde aos moradores que residem na região.
- É uma região densamente habitada e os seus moradores já enfrentam esse problema há mais de vinte anos. Na verdade, são duas poluições. Além da ambiental, a Esurb ainda causa a poluição sonora, com intenso tráfego de veículos e máquinas pesadas no local 24 horas por dia - disse a parlamentar.
Ela defende, com base nas agressões ambientais que haja a transferência da unidade para área periférica da cidade, privando a população do bairro Santa Rita II e adjacências de problemas ainda mais sérios.
- É preciso que a Esurb vá para outro lugar, onde faça menos mal ao meio-ambiente e ao povo.
AGRESSÃO DUPLA
Segundo Fátima Pereira, além do barulho insuportável ao longo de todo o dia e da noite, sem interrupção, o ar na região está infestado pelo mau cheiro exalado pelo chorume, produto resultante da compressão dos detritos oriundos dos domicílios da cidade e que, em forma de um caldo, acaba despejado no local quando ali são lavadas as caçambas dos caminhões que fazem coleta do lixo.
- O mesmo chorume que os caminhões da Esurb deixam cair pelas ruas, porque muitos dos seus veículos não estão adaptados com bacias para evitar o derramamento do produto nojento, conforme determina o Codema - completou.
Representante do Codema - Conselho municipal de desenvolvimento e meio-ambiente, na câmara municipal de Montes Claros, Fátima Pereira diz que recorrerá ao órgão para que medidas sejam tomadas contra o abuso da Esurb.
- São milhares de pessoas vítimas desse abuso, ameaçadas por doenças de todo tipo e subtraídas nos seus direitos constitucionais.
ABAIXO-ASSINADO
A vereadora observa estar de posse de um abaixo-assinado dos moradores, ressaltando as agressões ambientais e as conseqüências dessas agressões que poderiam ser atestadas em várias pessoas, pela atuação incorreta da empresa naquela região da cidade.
- É uma irresponsabilidade do poder público municipal e devemos cobrar uma solução para o problema.
Ela admite a decisão de acionar o Codema como uma reação à letargia e indiferença da própria prefeitura que se negaria a fiscalizar a Esurb, ignorando um problema de saúde pública e que já teria sido levado até a administração municipal por várias vezes.
- Enquanto isso, a fiscalização da prefeitura, essa sim, sempre rigorosa contra o povo, não permite que o cidadão incorra a qualquer infração que seja, contra o meio-ambiente, multando até quem deixe por algumas horas areia ou tijolos ao lado de suas obras de edificações em curso. Na Esurb tudo é permitido e a população vizinha que se cuide como puder.
Fátima Pereira conclui ressaltando que espera do Codema uma posição rigorosa contra as infrações da Esurb.
- A empresa não pode continuar praticando diariamente esse crime, ano após ano, sem que por isso seja molestada.