Foi ao ar na noite desta quinta-feira (19), em cadeia nacional de TV, o horário gratuito de propaganda partidária do PSDB. Na peça, o partido ressaltou que é necessária a união entre todos os brasileiros e admite que fez opção em apoiar o governo interino de Michel Temer (PMDB) que classificou o governo como de “emergência nacional”. Coube a Fernando Henrique Cardoso (FHC), principal personagem do programa, dizer que cabe agora a “política consertar o que a própria política estragou”.
No programa, falaram todas as principais lideranças tucanas, mas o ex-presidente Fernando Henrique acabou tendo maior destaque, sendo o primeiro a aparecer. FHC falou sobre crise econômica e afirma que, quando assumiu a presidência, encontrou quadro recessivo ainda mais grave que o atual.
- A situação na época era parecida e até pior do que hoje. Havia inflação, você ganhava o seu salário e, no fim do mês, não tinha dinheiro para comprar, porque os preços subiam. Havia muita desordem. O que nós fizemos? Juntamos os brasileiros, os empresários, os trabalhadores, as donas de casa e organizamos um time, um grupo competente que pensava no Brasil e passamos a explicar ao Brasil o que precisava ser feito, quais eram os passos para melhorar a situação, afirma o tucano que governou o país entre 1995 e o final de 2002.
FHC ainda acusa a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) de ter desrespeitado a Lei de Responsabilidade, aprovada na gestão dele, e, com isso, ter causado o descompasso na economia, com o estado gastando mais que arrecadava.
Coube ao presidente do partido, senador Aécio Neves (PSDB), fazer a parte de chamamento da população para “união em torno do Brasil”. Ele afirma que o partido aceitou o convite de Michel Temer para integrar o governo para poder contribuir.
- O PSDB não vai virar as costas para o Brasil, disse, assumindo que a página da oposição, ocupada ate então pelo partido, será virada.