O gasto das campanhas eleitorais deste ano despencou 71% em relação ao registrado em 2012, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. O custo das campanhas para vereador e prefeito no primeiro turno caiu de R$ 7,7 bilhões em 2012, para R$ 2,2 bilhões em 2016. As mudanças implantadas na legislação eleitoral, com a proibição de doação de empresas, e os efeitos da crise econômica, são alguns dos motivos que levaram à queda expressiva nos gastos.
Sancionada em setembro de 2015, a nova legislação proíbe o financiamento empresarial, além de reduzir o tempo de campanha de 90 para 45 dias. O período de propaganda dos candidatos no rádio e na TV também diminuiu de 45 para 35 dias.
DOAÇÕES
De acordo com o TSE, o valor global das doações no primeiro turno destas eleições teve queda de 64,36%, ficando em R$ 2,5 bilhões na campanha deste ano, ante R$ 7,2 bilhões em 2012. A dificuldade de arrecadação já levou parlamentares a retomar no Congresso Nacional a discussão sobre financiamento de campanha para a eleição de 2018. Entre as propostas está a criação de um fundo eleitoral que contaria com recursos do fundo partidário.
As doações feitas com recursos próprios dos políticos caíram de R$ 1,1 bilhão para R$ 752 milhões. As doações obtidas com eventos também diminuíram de forma expressiva, passando de R$ 438,7 mil para R$ 167,2 mil. Apenas as doações feitas pela internet registraram aumento na comparação entre o primeiro turno das últimas duas campanhas municipais - saltando de R$ 687,5 mil para R$1,2 milhão.