Janaina Gonçalves
Repórter
Dia dedicado ao descanso, para algumas pessoas este domingo será de trabalho. Para a biomédica e farmacêutica, Lidyane Jansen Santos, por exemplo, funcionária de uma rede de farmácias em Montes Claros há três anos. Ela explica que quem trabalha nestes segmentos farmacêuticos ou na saúde já está até acostumado com a rotina de trabalhar aos domingos.
- Toda a eleição o estabelecimento não para e a gente trabalha normalmente - ressalta.
Mas para a farmacêutica a rotina no dia da eleição é tranquila, até porque a jornada de trabalho no domingo já é reduzida, o que não prejudica o funcionário que precisa votar neste dia.
– O movimento neste dia é sempre grande e o trabalho realmente aumenta em relação aos outros domingos porque temos um fluxo maior de pessoas, principalmente das que moram em cidades circunvizinhas e que vêm a Montes Claros apenas para votar - acrescenta.
MESÁRIOS
Para muitos voluntários que decidiram ser mesário, o dia também vai ser de trabalho. De acordo com a Justiça eleitoral, o número de quem se inscreveu, neste ano, aumentou no norte de Minas. De 3.696 mesários inscritos em 2014, o número saltou para 3.812. A comarca do Tribunal Regional Eleitoral que reúne estes dados inclui Montes Claros, Itacambira, Juramento, Glaucilândia, Mirabela, Patís e Claro dos Poções.
Lúcia Carvalho de Morais, funcionária pública, por exemplo, já abdica do domingo de eleições há 30 anos, desde que aceitou o convite para ser mesária.
– Eu penso ser mais que um trabalho voluntário, mas importante para a sociedade. Temos uma jornada de 8 horas às 5 da tarde, com duas horas para o almoço, mas sempre gostei de exercer este trabalho.
A mesária atua na zona 184ª, no centro de Montes Claros. Ela explicou ainda que para permanecer tanto tempo como mesária, em todo período eleitoral passa por um dia de capacitação. Durante a eleição ela conta com uma equipe de profissionais que inclui um segundo mesário, um presidente e um secretário.
– É um trabalho prazeroso e tranquilo e que pretendo realizar enquanto for possível. É uma maneira de ajudarmos à democracia - finaliza.