Da Redação
Os deputados que participaram de encontro realizado na noite de quinta-feira, 29, no Palácio das Mangabeiras, saíram impressionados com a postura de estadista do governador Aécio Neves ao discursar sobre as futuras eleições presidenciais. Ao lado do vice-governador Antônio Anastasia e do secretário de estado de Governo Danilo de Castro, sempre tranquilo e sereno, Aécio fez um balanço dos seus 7 anos de governo, agradecendo, principalmente, aos deputados que formam a base aliada e que se comportam com um dos pilares da administração pública.
Neste sentido, ressaltou que seu governo age de forma solidária, mostrando que “governo solitário” jamais se encaixa no grande projeto chamado Brasil.
(foto: ARQUIVO)
Aécio Neves: sua candidatura seria fato novo no mundo
político-partidário, acabando com o “plebiscito” Lula x FHC.
Lembrando que pacto feito com os candidatos a deputado em 2002 assegurou a vitória de todos os que se encontram na base de sustentação ao governo, prometeu repetir a receita para reelegê-los em 2010, juntamente com a vitória dos candidatos a governador e senador e a garantia de maioria absoluta para o candidato a presidente da República pelo PSDB, do qual jamais abrirá mão.
Sempre ressaltando que seu objetivo continua sendo a união de Minas, Aécio Neves anunciou que 2010 será o coroamento das realizações de seu governo, com a realização de um volume de obras jamais visto no estado. O desfecho desse monumental programa será tocado, a partir de março, pelo vice Anastasia, pois Aécio deverá renunciar nessa data para cuidar da eleição presidencial.
Antes, “no máximo até janeiro”, ele espera uma definição por parte do governador de São Paulo, o também tucano José Serra, que considera o candidato natural do PSDB à presidência. Se essa definição sair nesse período, Aécio admite concorrer ao senado por Minas Gerais. Caso contrário, se sentiria liberado para disputar a indicação do partido a presidente, para o que diz contar com a melhor articulação entre os partidos da base aliada ao governo Lula (PSB, PP, PDT, PTB, PR, PMDB).
Durante o encontro, em nenhum momento o governador admitiu ser candidato a vice, deixando transparecer que, se a definição do PSDB não sair até o início de 2010, poderá culpar Serra por uma eventual derrota para a ministra Dilma Rousseff – PT.
Conclusão de consenso entre os deputados: Aécio deverá ser o candidato a presidente, entre outros motivos, para acabar com o caráter plebiscitário de uma disputa Serra x Dilma, que colocaria na balança os resultados dos governos Lula x Fernando Henrique Cardoso.