Por Marcelo Valmor
De acordo com nota assinada no último 22, por Hugo da Mota de Miranda Moreira, presidente interino da direção municipal do Democratas da cidade de Manga, o partido decidiu exigir explicações do vereador e presidente da Câmara Municipal, José de Sá Elvira, sobre as denúncias envolvendo a cobrança de uma caixinha descontada nos vencimentos do diretor-executivo daquela casa, Moisés Santos Magalhães. Segundo a direção municipal, o presidente recusou a fazer os esclarecimentos, colocando em risco o prestígio e a boa imagem do partido na cidade.
- Ficaram provados os desvios de caráter, éticos, do estatuto, de improbidade no exercício do cargo, inicialmente como vereador e, posteriormente, presidente da Câmara Municipal de Manga. O mais grave foi a exigência de parte de salários de um servidor daquela casa, entre os meses de outubro de 2016 a junho de 2016 - relatou em nota.
Praticamente uma semana depois, em 28 de junho, nova nota do Democratas foi publicada, exigindo que o presidente da Câmara Municipal de Manga se explicasse publicamente e, posteriormente, renunciasse ao mandato.
Procurado pela reportagem de O Norte, José de Sá Elvira negou as denúncias, esclarecendo que já procurou a executiva estadual para se explicar, afirmando ainda que nunca foi denunciado em toda sua vida e que as disputas políticas pelo controle do partido estariam por trás das notícias sobre sua conduta.
- Procurei o Democratas para me explicar e estou aguardando uma posição do partido para que seja nomeada uma nova Comissão Provisória, e que essa seja presidida por mim -explicou.
ENTENDA O CASO
O diretor-executivo da Câmara Municipal de Manga (MG), Moisés Santos Magalhães, procurou a redação de O Norte na quarta-feira (29) e relatou que entre os meses de outubro de 2015 a junho de 2016, teria sido chantageado pelo presidente do legislativo manguense, José de Sá Elvira, para que depositasse na sua conta corrente R$500,00 mensais sob pena de demissão. Os valores, segundo ele, seriam uma retribuição pela nomeação para o cargo de diretor.
Mas para o presidente da Câmara, os valores corresponderiam a um empréstimo feito ao funcionário, constrangido diariamente por credores que batiam na porta do legislativo para cobrar dívidas em atraso.