A Ordem Maçônica abraçou a causa do combate à crise hídrica que afeta o Norte de Minas. O movimento, que começou tímido, com cerca de dez representantes, já conta com a adesão das cerca de 50 lojas maçônicas da região e culminou na decisão de promover na próxima segunda-feira, na Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), um encontro sobre o tema. O evento vai reunir as três grandes potências da maçonaria em âmbito nacional, entidades de classe, lideranças políticas, sociedade civil e parlamentares.

“O objetivo maior é envolver autoridades estaduais e federais para cobrar ações a curto, médio e longo prazo. Convidamos também órgãos com competência técnica para fazer explanação sobre o assunto”, destaca Geancarlo Almeida, maçom e um dos membros da comissão.

Ele afirma que a região é carente e cada um vai colaborando da maneira que pode. “Juntos, vamos construindo o movimento, que vai se formatando. De mãos dadas vamos conseguir”, diz.

Para a deputada Raquel Muniz, é mais uma oportunidade de colocar em evidência um assunto que precisa ser tratado com a devida urgência.

“A união de vários setores da sociedade em prol de uma solução para a crise hídrica do Norte de Minas mostra a importância da questão e o quanto ela afeta a todos. Mais do que isso, essa união vai nos permitir encontrar respostas efetivas. A comissão da crise hídrica, da qual sou coordenadora na Câmara dos Deputados, tem essa missão: encontrar o caminho que leve à solução. Ampliar o debate e trazer mais e mais vozes comprometidas com o Norte de Minas fortalece a causa tão fundamental para o cidadão”, afirma a deputada. 

José Geraldo Gomes, ex-presidente do Conselho de Veneráveis do Norte de Minas e fundador da Loja Maçônica Antônio Lafetá Rebello, lembra que há muito tempo o Norte de Minas vem sofrendo com o desabastecimento de água. Segundo ele, o problema chegou a ser levantando em outras ocasiões, mas agora a situação é crítica e requer investimento maior.

“Precisamos encontrar medidas viáveis a curto prazo. A deputada Raquel Muniz, única representante do Norte de Minas, tem defendido este lema importante. Temos que nos juntar a ela, que já usa a própria força, e lutar mais ainda pela região”, pontua.