O segundo ex-ministro da gestão Luiz Inácio Lula da Silva a depor na CPI dos Sanguessugas, Saraiva Felipe - PMDB, negou participação na máfia das ambulâncias. Antes dele, Humberto Costa prestou depoimento e também negou envolvimento. Saraiva foi ministro de julho de 2005 a março de 2006.
Com uma comissão completamente esvaziada, o ex-ministro sofreu pouca pressão, sendo questionado apenas por quatro inscritos.
- Eu já tinha absoluta certeza que não tinha nada contra ele e que seu nome surgiu por um incidente - disse o relator Amir Lando - PMDB.
Saraiva foi investigado pela comissão como deputado, por suposto envolvimento com a máfia, mas seu nome foi retirado da lista pela CPI.
AVISO
Durante o depoimento de pouco mais de uma hora, Saraiva disse que foi avisado pelo Controlador Geral da pasta sobre o esquema de venda superfaturada de ambulâncias, porém, nada pode fazer para não desmascarar a máfia.
- Qualquer ação poderia dar margem à reação das pessoas que faziam o ilícito - disse.
Ele também confirmou que chegou a receber muitos pedidos não-republicanos de parlamentares e prefeitos, mas que nenhum deles foi efetivado.
- O papel do ministro não era liberar emendas, apenas era o de receber solicitações e encaminhar para a secretaria executiva - disse. Saraiva, no entanto, não quis dar o nome de ninguém específico.
A próxima reunião da CPI dos Sanguessugas foi marcada para o dia 14, terça-feira. Na ocasião, estão marcadas as votações de requerimentos. Já no próximo dia 21, também terça-feira, é a vez do depoimento de Jorge Lorenzetti, Valdebran Padilha e Gedimar Passos.