CPI do DPVAT: Raquel Muniz propõe que Ministério da Saúde colabore com a comissão
O ministro Ricardo Barros garantiu que serão feitos estudos para o aprimoramento dos mecanismos de fiscalização dentro do Ministério e para uma destinação mais eficiente dos recursos
Em audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades no uso de recursos do Seguro DPVAT, ocorrida nesta terça-feira (09), a deputada Raquel Muniz (PSD), primeira vice-presidente do colegiado, propôs ao ministro da Saúde, Ricardo Barros, um trabalho conjunto na elaboração de um plano de ação para o combate às fraudes.
- O DPVAT é um dos maiores seguros do mundo e 45% dos recursos passam pelo Ministério da Saúde. Assim, sugerimos ao ministro que sua equipe técnica acompanhe todo o trabalho que desenvolvemos nessa comissão para que, juntos, possamos apresentar ao país uma resposta, uma solução - disse a deputada.
O ministro Ricardo Barros ressaltou que serão feitos estudos para o aprimoramento dos mecanismos de fiscalização dentro do Ministério e para uma destinação mais eficiente dos recursos.
- Eu acredito que podemos melhorar a distribuição desde que haja um estudo do quanto é pago e qual é a cobertura que o DPVAT tem dado efetivamente às pessoas que requerem o serviço - afirmou.
Ao final da audiência, Raquel Muniz destacou ainda que, mesmo antes de a comissão concluir os trabalhos, os efeitos já podem ser vistos em termos práticos. A deputada citou o exemplo do Hospital da Universidade de São Paulo (USP), que tem orientado à população e aos funcionários a não se associarem ou serem coniventes com esquemas de fraudes do DPVAT.
- Precisamos orientar a população e o Ministério da Saúde tem um papel muito importante neste processo, especialmente quando as vítimas são atendidas nos hospitais, num momento de fragilidade. É preciso que elas saibam dos seus direitos e, com a devida orientação, elas tendem a colaborar para que as irregularidades não se perpetuem - concluiu a deputada.