Comissão de saúde da ALMG discute gripe suína

Jornal O Norte
Publicado em 14/05/2009 às 09:41.Atualizado em 15/11/2021 às 06:58.

Vinícius Brandão Góis


Colaboração para O NORTE



A possível epidemia do vírus Influenza A(H1N1) “gripe suína” foi discutida ontem, quarta-feira pela manhã, na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, segundo requerimento do deputado Carlos Mosconi (PSDB), presidente da comissão. O secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), José Agenor Álvares, abriu a discussão demonstrando o histórico de medidas tomadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), desde o dia 24 de abril, quando foi notificada a primeira ocorrência da gripe no México. Em nota divulgada ontem, a doença já tinha chegado a 30 países, com um número superior a cinco mil casos. Agenor apontou as ações internacionais que foram assimiladas e usadas no Brasil para um primeiro combate à doença, além do acumulo de informações contra esse tipo de situação, adquiridos com a gripe aviária.



Foi criado o Gabinete Permanente de Emergência em Saúde (GPESP) para monitorar e indicar medidas a serem tomadas de acordo com as novas ocorrências da gripe. O GPESP é formado pelo Ministério da Saúde, a ANVISA, o Ministério das Relações Exteriores e vários outros órgãos do governo que estão trabalhando de forma unificada em todos as instâncias relacionadas à saúde pública. Esse caráter de parceria ficou bem claro durante a reunião. Os governos federal, estadual e municipal, estão promovendo ações coordenadas para conter o avanço viral no Brasil.



O maior foque das ações é informar a população sobre o estado de alerta em que o país se encontra. Foram produzidos três milhões de folders contendo as etapas e níveis de ação contra a doença, além da obrigatoriedade de informes sonoros nos aeroportos e em todos os vôos domésticos e internacionais. Há, também, um centro de atendimento no número 0800-283-22-55, que fornece informações 24h sobre o assunto. Antônio Carlos Starling, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, apontou os aspectos técnicos e epidemiológicos da gripe, mostrando o acompanhamento cientifico que está sendo realizado em todo o mundo, na busca de uma prevenção à doença. “Quando me perguntam se há vacina contra esse vírus Influenza, eu respondo que sim, a melhor vacina, por enquanto, é a informação”, justificando a responsabilidade da comunicação nesse caso.



O deputado Ruy Muniz (DEM) elogiou a eficiência das secretarias de saúde e do SUS, que vêm exercendo com vigor seu papel nacional de Sistema Único de Saúde, destacando o envolvimento popular na luta contra essa ameaça de epidemia. “É muito bonita a mobilização do povo e dos órgãos oficiais nesse caso”, afirma o deputado, lembrando ainda que outros problemas de saúde, como a dengue, não podem ser esquecidos por conta da prioridade dada à gripe A(H1N1).



A reunião apontou um panorama otimista para o Brasil, no combate à epidemia. Dos casos suspeitos de infecção registrados no país, 168 foram descartados, com apenas 8 confirmações em laboratório, 32 ainda suspeitos e outros 29 casos em monitoramento.

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