política

Ciro Gomes defende industrialização do semiárido mineiro

Larissa Durães
Publicado em 16/07/2022 às 15:42.
Presidenciável se reuniu com apoiadores na manhã deste sábado (16), em Montes Claros, Norte de Minas. (Alexandre Fonseca)

Presidenciável se reuniu com apoiadores na manhã deste sábado (16), em Montes Claros, Norte de Minas. (Alexandre Fonseca)

Fortalecer e diversificar a indústria local para que o Norte de Minas migre de um perfil econômico de agricultura de subsistência para uma área impulsionada ao desenvolvimento por vários setores de produção. Essa é uma das propostas do pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT), que esteve em Montes Claros neste sábado (16), para encontro com apoiadores e integrantes do partido. Para ele, essa situação é característica de todo o semiárido brasileiro e precisa ser tratada como prioridade.

"Vocês são sede de uma indústria poderosa e que está sob estresse. E boa parte desta indústria já morreu, porque o Brasil é o país que mais destrói a indústria no capitalismo mundial”, afirma Ciro, que fez fortes críticas ao modelo econômico brasileiro que vem sendo praticado nos últimos anos.

No momento, afirma o pré-candidato, a culpa é do presidente Jair Bolsonaro, contudo, ele admite que já é algo que acontece há muito tempo no país. “O modelo econômico que eu tento denunciar, que é a mistura trágica de câmbio e juros, está falido. A grande saída para o Norte de Minas e Montes Claros, para o semiárido e o Nordeste, é sairmos da agricultura primária de subsistência, que no passado até dava para sobreviver, porque os preços das coisas se formavam localmente, mas que não se sustenta mais hoje em dia", avalia o pedetista.

Ciro aponta a necessidade de restaurar a condição competitiva e diversificar o perfil de produção no semiárido brasileiro na direção de agregação de valor. “O grande caminho é reindustrializar o Brasil. A minha ideia é que alguns complexos industriais tenham uma vocação natural", explica. O pré-candidato afirma que o governo federal manda, todo ano, para o estrangeiro, R$ 100 bilhões para a compra de insumos, fármacos e apetrechos para diagnósticos da área da saúde para usar no sistema público (SUS), o que gera um gasto muito grande para o país.

A ideia é a de que esse dinheiro fique no Brasil, especificamente em Montes Claros, que tem se consolidado como polo da indústria farmacêutica. Ciro aponta como solução a criação de incubadoras, em parceria com as universidades de faculdades locais, com jovens encontrando nesses negócios a possibilidade de empreender e conquistar a emancipação. "Dessa forma, se cria condições e gera emprego e movimenta capital". 

Ciro Gomes diz que isto está bem pensado no projeto nacional de desenvolvimento e que este é o caminho alternativo para este mundo do semiárido, que colapsou a agricultura primária de subsistência. "Buscando a saída também pela energia alternativa, passando pela gestão do turismo e mineração", enumera.

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