A audiência pública que seria realizada na manhã desta sexta-feira, no Centro Cultural, para discutir os impactos sociais e as questões resultantes das demissões de funcionários da Coteminas, foi adiada para data ainda a ser definida.

Enquanto isso, as demissões continuam acontecendo, de acordo com Renato Sérgio, secretário geral do Sindicato dos trabalhadores na indústria têxtil de Montes Claros. Essa entidade já homologou 297 rescisões trabalhistas. Ele frisa que a expectativa é de que 500 a 600 pessoas sejam demitidas nos próximos dias.

Segundo Carlos Magno, secretário geral da CUT MG- Central única dos trabalhadores para o estado de Minas Geraes, as demissões em massa que vêm ocorrendo são negativas em todos os aspectos. Ele critica a ausência de debate em torno deste assunto, onde os maiores prejudicados são os pais de família que estão perdendo o emprego:

– A empresa simplesmente comunicou as demissões. Onde fica o debate e a responsabilidade social dessa empresa?

SUSPENSAS

O sindicalista revela que a CUT defende a suspensão imediata das demissões e a recontratação dos funcionários que já foram demitidos.

Também ouvido por O NORTE, o presidente regional da CUT, Osmar Pereira de Azevedo, esclarece que a entidade não discute a relação entre o Sindicato têxtil e a chapa II, de oposição, mas sim a questão dos trabalhadores demitidos. Na sua opinião, as questões partidárias têm que ser colocadas de lado e a luta de todos tem que estar centralizada nas 800 demissões que estão previstas para acontecer. (SN)