Montes Claros: a maior cidade do Norte de Minas e 6º maior colégio eleitoral de Minas Gerais (Google Imagens/Montagem)
Candidatos e especialistas concordam que eleger “filhos da terra” amplia a oportunidade de envio de emendas, além de os eleitos acabarem ficando mais próximos de quem os escolheu. Com isso a população poderá cobrar e apresentar demandas mais facilmente.
É que pensam os candidatos a deputado estadual e federal que conversaram com o O Norte: Dra. Ariadna Muniz, candidata a deputada estadual pelo Republicanos; o candidato a uma vaga na ALMG, Professor João Paulo (PSOL); Ruy Muniz (Avante) e Délio Pinheiro (PDT), candidatos a deputado federal.
Eles são unânimes em afirmar que a representatividade regional no legislativo é uma bandeira importante e que deve ser, de fato, pensada pelo eleitorado da região.
“Termos uma base forte do Norte de Minas é fundamental para trazer recursos para a região. Quem está aqui conhece as nossas demandas, conhece as nossas dificuldades, conhece o que nós precisamos. Minas é muito desigual. Mas, o Norte de Minas é como se tivesse um muro e nós precisamos desmanchá-lo” comenta Ariadna Muniz.
Corroborando com a fala de sua adversária na disputa por uma vaga na Assembleia Estadual, Professor João Paulo, pondera que a maior presença de parlamentares regionais está diretamente ligada com o desenvolvimento.
“Se fizermos uma rápida análise histórica do desenvolvimento econômico e social de cada região das nossas Minas e Gerais, concluiremos que a região que possui os melhores índices de desenvolvimento é aquela que possui a maior representatividade no poder Legislativo e também no executivo” diz.
Para quem é da região conquistar uma vaga na Câmara e na ALMG os candidatos são unânimes ao afirmar que é preciso mais consciência da população.
EVOLUIR É PRECISO
“É um processo de aprendizagem educacional de longo prazo, similar ao processo de representação das mulheres. Elas tinham uma representação de menos de 10%. Hoje, a média no Congresso Nacional é de 15%. Evoluiu e tem que evoluir para 20%, 30% nos parlamentos”, acredita Ruy Muniz.
Para Délio Pinheiro, é preciso que a população priorize os candidatos da região para colocar fim ao fenômeno dos “paraquedistas”.
“Infelizmente, em todas as eleições para deputado acontece o fenômeno da chegada dos candidatos de outras regiões do estado, que chegam por aqui, trazem poucas emendas a determinados municípios e conseguem o apoio dos prefeitos”, ressalta.
Nas eleições de outubro, estão em disputa 513 vagas para deputado federal, de todo o Brasil. Minas tem direito a 53.
Já para deputado estadual a disputa é por uma das 77 vagas na ALMG. (AF)