Um dos candidatos do chamado “Centrão”, partidos que apoiam o governo federal, à presidência da Câmara, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) propôs a realização de debates públicos dos concorrentes ao cargo, dada à “situação peculiar” de que o novo presidente da Casa, a ser eleito no dia 2 de fevereiro, será o primeiro na linha sucessória para assumir a presidência da República, na ausência de Michel Temer.
Principal adversário do atual presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM), Rosso lembrou que quem escolhe a Mesa Diretora da Casa são os próprios deputados, mas que a população precisa conhecer quem será, também, o “vice” de Temer, já que o peemedebista não tem vice.
- Sugiro que os veículos de comunicação promovam debates entre os candidatos à presidência da Câmara dos Deputados uma vez que o nome escolhido pelas deputadas e deputados será o substituto constitucional e eventual do presidente da República nos próximos dois anos e a sociedade brasileira precisa saber como pensa cada candidato a respeito dos mais vários temas e assuntos - afirmou Rosso nas redes sociais.
RESSALVAS
Em novembro do ano passado, um parecer da chefia jurídica da Mesa Diretora da Câmara fez ressalvas quanto uma possível reeleição de Rodrigo Maia para mais um mandato de dois anos. O documento afirma conclusivamente ser impossível ao atual presidente da Casa, do ponto de vista legal, se candidatar a um novo mandato e que está “vedada recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente”.
Na interpretação do Regimento Interno da Câmara pelos pareceristas, a reeleição seria possível apenas entre uma legislatura e outra, a próxima termina em fevereiro de 2019. Rodrigo Maia e aliados, no entanto, trabalham com a tese de que a proibição não incluiria mandatos-tampões como o dele, que substituiu o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB) no comando da Casa.