Depois de debater a questão


da falta de segurança pública


na área urbana, a câmara


municipal volta a abordar


o tema quinta feira

Eduardo Brasil


Repórter


www.onorte.net/eduardobrasil

O objetivo, segundo o vereador Júnior de Samambaia – PV é discutir, desta vez, o avanço da violência e da criminalidade da cidade para a zona rural.

- O que nós percebemos, hoje, é que a zona rural de Montes Claros tem se tornado um alvo fácil demais para os bandidos. Daí, a necessidade de que o assunto seja debatido pela comunidade, para que medidas possam ser tomadas no sentido de impedir que a marginalidade continue fazendo vítimas – ressalta o parlamentar, primeiro-secretário do legislativo montes-clarense.

Segundo Samambaia, ao serem repreendidos na cidade, pela força policial, os bandidos estão avançando sobre a zona rural para perpetrar seus crimes diante de crianças, jovens, adultos e idosos, gente indefesa e que não possui condições de enfrentar intrusos de alta periculosidade.

- A cada dia, ocorrem novos assaltos, roubos, gente inocente sendo violentada, ameaçadas de morte. É uma situação que amedronta e que precisa ser combatida com todo o apoio da sociedade, das autoridades civis e militares.

DEPUTADOS

De acordo com Júnior de Samambaia, a audiência pública deverá contar novamente com alguns dos deputados que integram a comissão de Direitos Humanos da assembléia legislativa, que estiveram na cidade na sexta-feira passada – principalmente Ruy Muniz – DEM e Tadeu Leite - PMDB.

- Estamos enviando convites nesse sentido a todos eles e espero que sejamos atendidos. Não somente aos deputados, mas também às polícias militar, civil e florestal, bem como para o prefeito, que esperamos estar presente nas discussões, e para os presidentes de associações comunitárias da zona rural.

Segundo o vereador, nos últimos meses a violência e a criminalidade têm tornado a vida de quem vive no campo num verdadeiro pesadelo. Afirma que os bandidos, fortemente armados, agem em todos os lugares.

- A situação é extremamente preocupante. Na Estrada da Produção, por exemplo, se tornou comum os criminosos agirem à luz do dia ou à noite realizando assaltos a mão armada. Hoje, quem passa por aquela estrada está correndo risco de morte. Drogados, os bandidos ameaçam matar suas vítimas. Por isso, muitos moradores estão evitando usar a Estrada da Produção, preferindo caminhos alternativos para chegarem à cidade ou para retornarem às suas casas.

CRIMES

Júnior de Samambaia salienta que vários crimes têm se tornado banais na zona rural, e que há registro de delitos quase que todos os dias.

- Praticamente em todos os dias os bandidos estão fazendo suas vítimas. Ninguém mais mora na zona rural sem temer pela sua vida e pela vida de sua família. E enquanto o medo aumenta, aumenta a falta de segurança.

Ele salienta ainda que, de forma assustadora, cresce o número de roubos de animais, delito que há muitos anos ocorre na região, mas que se acentuou com a vulnerabilidade do setor de segurança pública.

- Além de bois e cavalos, os bandidos roubam ainda motores de poços artesianos, mata-burros e fiação elétrica. O pior é que eles agem sem a preocupação de serem impedidos de realizarem o delito, já que os moradores não se atrevem a encará-los e a presença da polícia militar é irrisória. Os bandidos estão agindo livremente, na hora e no dia que querem.

PELOTÃO ITINERANTE

Um das propostas que Júnior de Samambaia apresentará durante a audiência pública desta quinta-feira, que terá início às 19h30, é a constituição de uma patrulha itinerante da polícia militar na zona rural, no sentido de que a ação criminosa seja combatida.

- Sabemos que a polícia tem dificuldades para manter um pelotão na zona rural, por conta de um contingente ainda deficiente para atender a todo o município. Mas essa é uma medida que deve ser tomada com urgência, antes que um mal maior ocorra na região.

Uma outra medida que será proposta durante as discussões, é a realização de uma seleção ou de novo concurso público para aumentar o número de guardas municipais, que atuariam na cidade e na zona rural.

- Há uma proposta nesse sentido e ela é oportuna. A idéia é constituir a guarda municipal na zona rural com moradores das próprias comunidades, que têm condições de identificar com mais clareza quem é ou não é residente do local, podendo assim realizar um trabalho de segurança preventiva – concluiu Júnior de Samambaia.